Com cerca de 50 milhões de casos espalhados pelo mundo, a Epilepsia é a doença neurológica mais comum. Trata-se de uma alteração temporária e reversível no funcionamento do cérebro, alteração esta que, no Brasil, afeta 1% da população. Para auxiliar esses brasileiros diagnosticados com a doença, um grupo de alunas da PUC-RJ desenvolveu o Epilapp, aplicativo virtual que ajuda a identificar tipo e intensidade de cada crise.

Quando ocorre a crise de epilepsia, uma parte do cérebro permanece por alguns segundos ou minutos emitindo sinais incorretos. Esses sinais podem se espalhar por todos os hemisférios cerebrais, caracterizando uma crise generalizada, ou se manterem restritos à região afetada, o que conhecemos como crise parcial. No caso da chamada Epilepsia Refratária, que é um caso mais grave, podem ocorrer até 16 crises em um único dia.

A origem dessa doença está relacionada a ferimentos na cabeça, sejam eles recentes ou não. Traumas durante o parto, tumores e consumo excessivo de álcool e drogas também podem desencadear crises de epilepsia. O paciente que tem a doença controlada leva uma vida normal e pode realizar suas tarefas diárias como qualquer outra pessoa, a única diferença é o acompanhamento médico e, claro, o tratamento contínuo para combater as crises.

O Epilapp foi criado para que os próprios pacientes possam registrar suas crises, de forma a auxiliar em seu tratamento e acompanhamento médico. A ferramenta permite que as crises sejam registradas em um calendário de maneira simples e rápida, além de oferecer ao paciente um espaço, no qual podem ser anotadas informações importantes sobre medicação e histórico de crises. Por enquanto, o aplicativo está disponível apenas para iOS.

Fonte: Estadão