Novos métodos para examinar o cérebro e fluido espinal podem aumentar a probabilidade de um diagnóstico precoce da doença de Alzheimer.

 

Os resultados de um estudo europeu foram publicados na revista médica “Brain” e podem ter implicações importantes na detecção precoce da doença, na escolha do tratamento e até na inclusão de doentes em determinados ensaios clínicos.

 

Apesar de muitos anos de investigação intensiva, não existe atualmente um tratamento eficaz para a doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência. Desta maneira, torna-se cada vez mais claro que a detecção precoce deverá ser a principal aposta para um dia se conseguir tratar a doença com sucesso. Existe uma grande necessidade de desenvolver métodos de diagnósticos mais fiéis, desta maneira o tratamento para retardar ou prevenir a doença poderia começar o mais cedo possível.

 

Um sinal característico da doença é a formação de placas amiloides insolúveis que se acumulam no cérebro. A presença dessas placas no cérebro pode ser medida por meio de um “PET câmera”. Além disso, os níveis de amiloides também podem ser medidos no fluido espinal. No entanto, enquanto se assiste a uma acumulação destas placas no cérebro, as investigações têm vindo a demonstrar que os níveis de amiloides no fluido espinal são, pelo contrário, reduzidos. Nesse estudo, os investigadores compararam os níveis de amiloides no cérebro e no fluido espinal de 230 pacientes.

 

O melhor ajuste foi alcançado quando o nível de amiloides no cérebro foi comparado aos níveis de “amyloid42” e “amyloid40” no fluido espinal. Tendo em conta essa constatação, a equipe aponta que as formas de “β-amiloides” encontradas no cérebro e no fluido espinal não são completamente idênticas.

 

Fonte: TechITT