Publicado pelo periódico científico PLoS One, um estudo afirma que as mudanças metabólicas do cérebro durante o período de desenvolvimento da menopausa (climatério), pode deixar a mulher mais vulnerável ao mal de Alzheimer. A Associação Americana de Alzheimer afirma que ser mulher é o segundo maior fator de risco para a doença, ficando atrás apenas do avanço da idade.

Especialistas responsáveis pelo estudo examinaram 43 mulheres entre 40 e 60 anos para analisar a forma como seus cérebros metabolizam glicose, a principal fonte de energia das células cerebrais. O resultado apontou que as 15 mulheres em climatério e as 14 no período de menopausa foram as que apresentaram níveis mais baixos de glicose.

Essas mulheres com baixo nível de glicose apresentaram resultados ruins nos testes de memória e sinais de disfunção mitocondrial, ou seja, o processamento de energia das células do cérebro já perdeu parte de sua eficiência. Além disso, a citocromo oxidase, enzima chave no metabolismo das células, foi identificada com menos abundância.

Os mesmos pesquisadores identificaram em estudos anteriores que a menopausa pode estar associada também ao aumento da proteína beta-amiloide no cérebro, um dos principais biomarcadores do Alzheimer. Segundo Lisa Mosconi, principal autora do estudo, “As mulheres precisam de acompanhamento médico a partir dos 40 anos e antes do surgimento de quaisquer sintomas endócrinos ou neurológicos”.

Fonte: Veja