Um estudo produzido pelo Instituto de Biociências (IB) da Universidade de São Paulo (USP) apontou que o nível de expressão dos genes codificadores das enzimas que sintetizam e degradam melatonina, permite predizer que tumores de menor agressividade produzem maior quantidade desse hormônio.

A melatonina, também conhecida como o hormônio do sono ou da noite, é responsável por regular nosso horário de dormir, além de reparar as células expostas ao estresse, poluição e outros fatores nocivos.

Segundo o estudo, avaliar a capacidade das células tumorais de produzir esse hormônio pode ser uma nova estratégia para medir o grau de malignidade de alguns tipos de câncer, dentre eles o de pulmão, intestino, pâncreas e bexiga. Os responsáveis chegaram a essa conclusão a partir da análise dos resultados obtidos na pesquisa, relacionando a maior produção local do hormônio à maior sobrevida dos pacientes.

O próximo passo, segundo os pesquisadores, é produzir um kit capaz de medir o nível de melatonina em amostras de tecido tumoral obtidos por biópsia. Essa tecnologia não apenas auxiliaria no prognóstico da doença, como também abriria caminhos para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas.

Outros estudos acerca da melatonina apontam que esse hormônio pode também ser produzido em outras regiões do organismo, trazendo benefícios como a regularização de processos inflamatórios em diferentes contextos fisiológicos e fisiopatológicos.

Fonte: Jornal da USP

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