Em estudo publicado pela revista Lancet Public Health, um pesquisador da Rede Interdisciplinar de Economia da Saúde da França afirmou que o consumo crônico e excessivo de álcool aumenta em três vezes o risco de desenvolver demência. Dentre os fatores de declínio cognitivo que podem ser controlados por meio da alteração no estilo de vida, o alcoolismo é o principal, e exige programas de tratamento e diagnóstico precoces para reduzir casos futuros da doença.

Foram avaliados 57.363 casos de demência precoce (menos de 65 anos) diagnosticados entre pelo sistema de saúde público francês. Destes, 39% tiveram danos cerebrais atribuídos ao consumo de álcool e 18% sofriam com alcoolismo quando passaram pela análise. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a desordem é caracterizada pelo consumo diário de mais de 60 gramas de álcool (cerca de seis drinques) para homens e maios de 40 gramas (cerca de quatro drinques) para mulheres.

O consumo excessivo de bebidas alcoolicas relacionado à demência ainda exige aprofundamento e estudos mais detalhados, entretanto, muito se fala sobre como questões acerca dos hábitos de vida de cada paciente pode auxiliar na prevenção de diferentes doenças que acometem o cérebro. A desordem no consumo do álcool também aumenta os riscos de pressão alta, diabetes, derrames, fibrilação atrial e insuficiência cardíaca, condições essas que também atuam no aumento da demência vascular.

Fonte: Portal O Globo