Com cerca de 65 mil casos só no Brasil, a distonia é um distúrbio neurológico caracterizado por movimentos involuntários decorrentes de contração muscular. Segundo o Ministério da Saúde, a distonia é mais comum em pessoas entre 40 e 60 anos de idade, mas pode se manifestar em qualquer faixa etária.

Diagnóstico

A maioria dos pacientes é do sexo feminino e o diagnóstico não é simples, pois pode ser confundida com outras doenças de ordem neurológica, ou mesmo com tiques nervosos, e essas semelhanças podem acabar por retardar o diagnóstico, prejudicando assim o tratamento.

Para 2/3 dos casos não há uma causa definida, e nas demais ocorrências a doença pode ocorrer por conta da exposição a drogas, lesões cerebrais, transtornos metabólicos, dentre outros. De casos moderados a graves, a distonia é capaz de dificultar tarefas como falar, andar, escrever, tomar banho e comer sozinho.

Tratamento

O tratamento para o distúrbio é medicamentoso de forma geral, com aplicação de Toxina Botulínica A, feita diretamente nos músculos afetados, de forma a inibir a contração involuntária e diminuir a dor, possibilitando a retomada mais harmônica dos movimentos.

Segundo o neurocirurgião do Hospital Sírio-libanês, Dr. Antonio Araújo, a distonia pode ser secundária a tumores benignos dos nervos periféricos (chamados de schwannomas ou neurofibromas), sendo imprescindível a investigação clínica destas lesões por meio da percussão do trajeto do nervo da perna ou do braço, ou mesmo por técnicas de imagem como ressonância magnética ou ultrassom. Nestes casos a resseção completa do tumor que comprime o nervo resulta na cura da distonia.

Fonte: Bonde