A professora Tânia Viel, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP), constatou em estudo com cobaias que existem estímulos e atividades capazes de inibir a formação de estruturas que prejudicam a comunicação entre os neurônios. Outra descoberta é que esses estímulos podem proteger o cérebro do Alzheimer e melhorar a memória, muito afetada pela doença.

Para chegar a essa conclusão, foram analisados dois grupos de camundongos. O primeiro recebeu poucos estímulos em uma caixa simples com comida, enquanto o outro esteve em um ambiente enriquecido com novas decorações e rodas de exercícios. As cobaias que receberam mais estímulos variados apresentaram menor quantidade de “placas senis”, aglomerados de peptídeos que causam danos ao cérebro por meio da inflamação dos neurônios.

Inicialmente, os benefícios foram notados pela melhora da memória espacial, mas também houve a proteção cerebral contra as placas senis. Segundo Tânia, o ambiente enriquecido dos humanos tem a ver com a alternância equilibrada entre trabalho e lazer. A professora afirma ainda que, em qualquer fase da vida, é possível iniciar essa proteção cerebral, realizando atividades físicas, aprendendo um novo idioma e reservando tempo para o lazer, por exemplo.

Fonte: Jornal da USP