Cientistas do Massachusetts Institute of Technology divulgaram um estudo, que foi publicado pela revista Cell, em que se aponta uma nova técnica utilizada para estimular partes mais profundas do cérebro sem a necessidade de uma intervenção cirúrgica. A descoberta pode ser bastante útil para pacientes com doenças neurológicas como depressão, epilepsia e até Parkinson.

Até então, cirurgias para a implantação de eletrodos eram a única maneira de estimular regiões do cérebro localizadas próximas ao crânio e outras partes mais profundas, como o córtex motor (responsável por controlar os movimentos). O estudo, porém, defende que pode ser possível estimular o córtex motor pelo lado de fora, fazendo com que as cirurgias não sejam mais obrigatórias em determinados casos.

A equipe de cientistas responsável pelo estudo utilizou-se da forma como os neurônios processam sinais elétricos. As células são ativadas ao receber sinais de baixa frequência, mas quando duas altas frequências se encontram numa determinada região, os neurônios entendem a diferença como uma onda de frequência baixa. O que indica a possibilidade de estimulo numa parte do cérebro sem que todas as outras recebam a interferência.

Em doenças como o Parkinson, o córtex motor envia e recebe sinais elétricos anormais, causando temores e enfraquecimento dos músculos dos pacientes. No estímulo tradicional, os eletrodos implantados no cérebro bloqueiam esses sinais, ajudando na eliminação dos tremores por até cinco anos. A nova técnica, porém, pode estimular o cérebro humano sem utilizar-se de um método tão invasivo como a cirurgia.

Fonte: CanalTech