Com o objetivo de avaliar os passos de pacientes diabéticos para caracterizar e descrever as suas particularidades, pesquisadores concluíram um estudo que aponta como a duração e a velocidade dos passos, assim como o comprimento entre um passo a outro, são capazes de identificar, em 58% dos casos, um maior risco de neuropatia diabética, distúrbio nervoso causado pela diabetes.

A pesquisadora Maria António Castro, do Laboratório de Biomecânica do Porto (Labiomep) da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP), localizada em Portugal, afirma que nos indivíduos com maior risco de desenvolver a neuropatia periférica é identificada uma tendência a produzir menores forças de reação do solo durante o caminhar.

Outros resultados mostram também que esses pacientes com maior risco de desenvolver a neuropatia diabética apresentam posições de menor controle muscular enquanto caminham, o que acaba por dificultar ou aumentar o risco de incapacidade de controle dos movimentos. Além disso, Castro afirma que os tornozelos e joelhos são as articulações que apresentam maior diferença.

O projeto que engloba o estudo chama-se “Preditores de neuropatia periférica na marcha diabética” e tem duração de dois anos, devendo ser finalizado no fim de 2017. A neuropatia diabética pode levar o paciente a sentir dores, formigamento e até perda de sensibilidade nas mãos, braços, pés e pernas.

Fonte: Diário de Notícias