Cirurgia Endoscópica para Tumor de Hipófise
O tumor de hipófise, também conhecido como adenoma hipofisário (ou atualmente como Tumor Neuroendócrino da Hipófise Anterior – Pit Net) é uma neoplasia benigna que se desenvolve na glândula hipófise, localizada na base do crânio. A hipófise é responsável por controlar a produção e liberação de diversos hormônios, que desempenham um papel fundamental no funcionamento do corpo humano.
Embora a maioria dos tumores de hipófise sejam benignos, ou seja, não cancerígenos, eles ainda podem causar uma série de problemas de saúde devido à sua localização e ao efeito que têm sobre os hormônios.
Os sintomas de um tumor de hipófise podem variar dependendo do tamanho e da localização do tumor. Alguns dos sintomas comuns incluem dores de cabeça frequentes e intensas, alterações na visão, como visão embaçada ou perda de campo visual lateral, fadiga, alterações no ciclo menstrual, diminuição da libido, ganho de peso inexplicável, dentre outros.
O diagnóstico de um tumor de hipófise geralmente é feito por meio de exames de imagem, como ressonância magnética da sela túrcica, que podem identificar a presença do tumor e determinar seu tamanho e localização. Além disso, exames hormonais também são realizados para avaliar o funcionamento da glândula hipófise e detectar possíveis alterações.
O tratamento do tumor de hipófise depende do tipo e tamanho do tumor, bem como dos sintomas apresentados pelo paciente. Em muitos casos, a abordagem inicial é o monitoramento regular do tumor, especialmente se for pequeno e assintomático. Porém, em casos em que o tumor causa sintomas significativos ou afeta a produção de hormônios, pode ser necessário realizar a remoção cirúrgica do tumor ou utilizar tratamentos como a radioterapia ou a terapia medicamentosa.
Neste caso fizemos uma abordagem de tumor de hipófise secretor de LH/ FSH recidivado, via endoscópica endonasal, com a ressecção do tumor pelo nariz, sem a necessidade de cortes. Nesta abordagem o acesso até o tumor é realizado por colega Otorrino para se preservar a cavidade nasal, e o tumor é curetado para biópsia e alívio dos sintomas compressivos.
Cranioplastia por prototipagem
Cranioplastia por prototipagem
A cranioplastia é um procedimento cirúrgico realizado para reparar defeitos ou deformações no crânio. A prototipagem, por outro lado, é um processo usado para criar modelos físicos rápidos e precisos de um design de produto, usando a impressão 3D.
Na cranioplastia por prototipagem, os médicos usam a tecnologia de impressão 3D para criar um modelo exato do crânio do paciente. Isso permite que eles planejem e pratiquem a operação antes de realizá-la no paciente, aumentando as chances de sucesso.
Primeiro, é feito um escaneamento do crânio do paciente, geralmente usando tomografia computadorizada com reconstrução 3D. Em seguida, essas imagens são usadas para criar um modelo 3D digital do crânio. Esse modelo digital é então impresso em 3D para criar um modelo físico.
O modelo físico é usado para criar implantes personalizados com cimento biológico que se encaixam perfeitamente na falha óssea do crânio do paciente. Este implante é fixado por meio de miniplacas e miniparafusos de titânio, diminuindo sobremaneira o tempo cirúrgico e o risco de infecção (porque o volume de cimento usado é bem menor), com excelente resultado estético
Gliobastoma Insulo-Opercular
O glioma de ínsula é um tipo raro de tumor cerebral que se origina na ínsula (o quinto lobo cerebral), uma região do cérebro localizada profundamente nos lobos frontal e temporal. Os gliomas de ínsula são geralmente classificados como gliomas de baixo grau (grau II) ou gliomas de alto grau (grau III ou IV), com base em sua aparência microscópica e comportamento biológico.
Os sintomas de um glioma de ínsula podem variar dependendo da localização e do tamanho do tumor. Alguns dos sintomas mais comuns incluem: convulsões; fraqueza ou paralisia de um lado do corpo (hemiparesia); dificuldade para falar (afasia); dificuldade para entender a fala; problemas de memória e cognição; alterações de comportamento; náuseas e vômitos.
O diagnóstico de um glioma de ínsula geralmente envolve uma combinação de exames neurológicos, exames de imagem, como ressonância magnética e tomografia computadorizada, e uma biópsia para confirmar o tipo de tumor.
O tratamento para um glioma de ínsula depende de vários fatores, incluindo o grau do tumor, seu tamanho e localização, e a idade e condição geral do paciente. As opções de tratamento podem incluir:
cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.
Neste caso fizemos a biópsia guiada por neuronavegação, sob monitorização eletrofisiológica continua incluindo eletrodos de cordas vocais (“dragon-fly”), para diagnóstico de glioblastoma (grau IV) de ínsula com extensão para opérculo frontal.
Microcirurgia para Microblastoma
O glioma de área motora é um tipo de tumor cerebral que se origina na área motora do cérebro, uma região responsável por controlar os movimentos voluntários. Esses tumores são geralmente classificados como gliomas de baixo grau (grau II) ou gliomas de alto grau (grau III ou IV), com base em sua aparência microscópica e comportamento biológico.
Os sintomas de um glioma de área motora podem variar dependendo da localização e do tamanho do tumor. Alguns dos sintomas mais comuns incluem fraqueza muscular ou paralisia, dificuldade de fala, alterações no equilíbrio e coordenação, convulsões e alterações cognitivas.
O diagnóstico de um glioma de área motora geralmente envolve uma combinação de exames neurológicos, exames de imagem, como ressonância magnética e tomografia computadorizada, e uma biópsia para confirmar o tipo de tumor.
O tratamento para um glioma de área motora depende de vários fatores, incluindo o grau do tumor, seu tamanho e localização, e a idade e condição geral do paciente. As opções de tratamento podem incluir cirurgia para remover o tumor, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação desses tratamentos.
Neste caso fizemos a ressecção de um Glioblastoma (grau IV) na área motora sob monitorização eletrofisiológica contínua e sob neuronavegação.
Cirurgia endonasal para Tumor Neuroendocrino
O Tumor Neuroendócrino da Hipófise Anterior (PitNet) era antigamente conhecido como “adenoma de hipófise”.
O adenoma de hipófise é um tipo comum de tumor benigno que se desenvolve na glândula pituitária, localizada na base do crânio. Essa glândula é responsável por regular o equilíbrio hormonal do corpo e desempenha um papel fundamental no funcionamento do sistema endócrino.
Os adenomas de hipófise são geralmente classificados de acordo com o tipo celular predominante e a produção hormonal. Esses tumores podem ser divididos em três principais categorias: adenoma clinicamente funcionante, adenoma clinicamente não-funcionante e adenoma produtor de hormônio pituitário posterior.
Os adenomas produtores de hormônios adeno-hipofisários são os mais comuns e podem ser classificados de acordo com o hormônio que produzem em excesso. Eles podem incluir prolactinoma (aumento da produção do hormônio prolactina), adenoma GH-secretor (aumento da produção do hormônio do crescimento), adenoma ACTH-secretor (aumento da produção do hormônio adrenocorticotrófico) e adenoma TSH-secretor (aumento da produção do hormônio estimulante da tireoide).
Os adenomas não secretórios não produzem níveis significativos de hormônios, mas ainda podem causar sintomas devido ao seu tamanho e compressão em estruturas próximas. Esses sintomas podem incluir dores de cabeça, alterações na visão, comprometimento hormonal e problemas decorrentes da compressão de tecidos circundantes.
O diagnóstico de um adenoma de hipófise geralmente envolve uma combinação de exames de imagem, como ressonância magnética de sela túrcica, e exames hormonais para avaliar os níveis de hormônios no corpo. O médico especialista provavelmente solicitará exames adicionais para determinar a gravidade e as características específicas do tumor.
O tratamento para adenomas de hipófise pode variar dependendo do tipo, tamanho e sintomas associados ao tumor. As opções de tratamento incluem a monitorização cuidadosa em casos de adenomas pequenos e assintomáticos, medicação para controlar a produção hormonal, cirurgia transesfenoidal para remoção do tumor e radioterapia em casos mais graves ou recorrentes.
O prognóstico para adenomas de hipófise é geralmente bom, especialmente para adenomas pequenos e tratáveis. Com o tratamento adequado, a maioria das pessoas pode ter um bom controle dos sintomas e manter uma boa qualidade de vida.
Neste caso em particular apresentamos um caso de PitNet clinicamente não secretor e ectópico, acometendo apenas o seio esfenoidal.
MICROCIRURGIA PARA SCHWANNOMA VESTIBULAR
O neurinoma do acústico, também conhecido como schwannoma vestibular, é um tipo de tumor benigno que se origina das células de Schwann, que são responsáveis por envolver e proteger os nervos periféricos. Especificamente, esse tumor se desenvolve no nervo vestibular, que é responsável pela audição e pelo equilíbrio.
Geralmente, o neurinoma do acústico cresce lentamente ao longo do tempo e, em estágios iniciais, pode ser assintomático. À medida que o tumor aumenta de tamanho, pode exercer pressão no nervo vestibular e comprimir estruturas adjacentes do ângulo pontocerebelar, como o nervo facial e o tronco cerebral. Isso pode levar a uma variedade de sintomas, incluindo:
A. Perda auditiva gradual, geralmente unilateral;
B. Zumbido ou sensação de pressão no ouvido afetado;
C. Problemas de equilíbrio, como tonturas e vertigem;
D. Dificuldade em entender a fala ou em ouvir claramente em ambientes ruidosos;
E. Fraqueza facial ou paralisia facial parcial, caso o tumor afete o nervo facial;
F. Dores de cabeça frequentes, embora isso seja um sintoma menos comum.
O diagnóstico do neurinoma do acústico geralmente envolve uma combinação de exames clínicos, testes auditivos, exames de imagem, como ressonância magnética, e, eventualmente, uma biópsia para confirmar a natureza benigna do tumor.
O tratamento do neurinoma do acústico pode variar dependendo do tamanho e dos sintomas apresentados pelo paciente. Em alguns casos, pode-se optar pela observação cuidadosa, realizando exames regulares para monitorar o crescimento do tumor.
Em outros casos, especialmente se o tumor estiver causando sintomas significativos ou apresentando crescimento rápido, pode ser necessário intervir com procedimentos cirúrgicos ou radioterapia (radiocirurgia) para se reduzir o tumor e controlar seu crescimento.
Neste caso em questão optamos pelo tratamento cirúrgico, com a realização de craniectomia suboccipital retromastóidea retrosigmóide para exérese microcirúrgica de Schwannoma vestibular, com preservação completa da função do nervo facial sob monitorização eletrofisiológica intraoperatória.
Fraturas de teto de órbita e de osso frontal
Fraturas de teto de órbita e de osso frontal
A fratura de teto de órbita e a fratura de osso frontal são lesões comuns que podem ocorrer na região da face como resultado de traumas, como acidentes automobilísticos, quedas ou agressões físicas. Essas fraturas envolvem os ossos ao redor do globo ocular (órbita) e a parte frontal do crânio.
A fratura de teto de órbita ocorre quando há uma quebra na parte superior da órbita, que é a cavidade que abriga o globo ocular. Essa fratura pode ser acompanhada de lesões nos tecidos moles adjacentes, como músculos, vasos sanguíneos e nervos. O paciente pode apresentar inchaço, equimose (manchas roxas), dor e até mesmo dificuldade visual, dependendo da extensão da lesão. A fratura do teto de órbita é geralmente diagnosticada por meio de exames de imagem, como tomografia computadorizada.
Já a fratura de osso frontal envolve a quebra dos ossos da região frontal do crânio, comumente na testa ou acima das sobrancelhas. Essas fraturas podem variar em gravidade, desde pequenas rachaduras até fraturas mais extensas que afetam a estética facial e a função cerebral subjacente. Além dos sintomas comuns associados a fraturas, como dor e inchaço localizados, podem ocorrer outros sinais, incluindo sangramento nasal, equimose e alterações na visão ou na função cerebral. Exames de imagem, como tomografia computadorizada, também são usados no diagnóstico dessa fratura.
O tratamento para fraturas de teto de órbita e fraturas de osso frontal depende da extensão, localização e gravidade da lesão. Em alguns casos, medidas não cirúrgicas, como o uso de analgésicos e o acompanhamento cuidadoso, podem ser suficientes para permitir a recuperação natural da fratura, geralmente nos casos onde não há desalinhamento ósseo. Em casos mais complexos ou graves, a cirurgia pode ser necessária para realinhar e fixar os ossos e restaurar a função e a estética facial adequadas.
Neste caso em questão tratamos de um atleta profissional jogador de futebol, vítima de colisão cabeça x cabeça, durante treino de futebol. Pelo exame de tomografia pré-operatório víamos a fratura de osso frontal, de seio frontal e ainda do teto da órbita esquerda. O fragmento do teto orbitário já havia perfurado a periórbita e estava precionando perigosamente o globo ocular esquerdo. Fizemos então a reconstrução cranio-facial cuidadosa sob o auxílio de colega oftalmologista especialista em órbita, com uso de cimento biológico, obtendo excelente resultado estético-funcional.
Biópsia estereotáxica de tumor cerebral
Biópsia estereotáxica de tumor cerebral
A biópsia estereotáxica de tumor cerebral é um procedimento realizado para obter uma amostra precisa do tecido tumoral cerebral para análise laboratorial. É frequentemente usado para ajudar no diagnóstico, classificação e planejamento do tratamento do tumor cerebral.
A biópsia estereotáxica envolve o uso de um sistema de coordenadas tridimensionais para guiar a inserção de uma agulha especializada no local específico do tumor cerebral, utilizando técnicas de imagem, como ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC).
Uma vez alcançado o local adequado, uma amostra do tecido tumoral é retirada por meio de aspiração ou por uma pequena biópsia cirúrgica. A amostra obtida é posteriormente enviada a um laboratório onde patologistas especializados examinam microscopicamente o tecido para determinar a natureza e características do tumor.
Após o procedimento, é importante que o paciente seja acompanhado de perto pela equipe médica, realizando exames de acompanhamento e tratando qualquer possível complicação, como dor, sangramento ou infecção.
Neste caso em particular realizamos a biópsia estereotáxica por agulhamento de um glioma (tumor primário do cérebro) frontoparietal direito guiada por exame de tomografia.
Meningeoma de ângulo pontocerebelar
O meningeoma de ângulo pontocerebelar é um tumor cerebral benigno que se desenvolve nas membranas protetoras em torno do cérebro e da medula espinhal, chamadas meninges. É considerado de baixo grau, o que significa que ele cresce lentamente e raramente se torna canceroso.
Este tipo de tumor geralmente se forma no ângulo pontocerebelar, que fica na base do crânio, próximo à junção entre o cerebelo e a ponte. O cerebelo é a parte do cérebro responsável pelo equilíbrio e coordenação dos movimentos, enquanto a ponte é uma estrutura que conecta o cérebro ao resto do corpo.
Os sintomas do meningeoma de ângulo pontocerebelar podem incluir perda de audição, zumbido nos ouvidos, vertigem, problemas de equilíbrio e coordenação, dormência facial e fraqueza muscular. O diagnóstico é feito através de exames de imagem, como ressonância magnética.
O tratamento para o meningeoma de ângulo pontocerebelar pode envolver cirurgia, radioterapia ou uma combinação de ambos. A cirurgia é muitas vezes recomendada para remover o tumor, mas pode ser arriscada devido à localização do tumor.
Linfoma de sistema nervoso central (SNC)
O linfoma de sistema nervoso central (SNC) é um tipo raro de câncer que afeta as células do sistema linfático presentes no cérebro e na medula espinhal. É considerado uma forma agressiva de linfoma, com prognóstico desafiador.
Os sintomas associados ao linfoma de sistema nervoso central são variados e incluem dor de cabeça, confusão mental, alterações visuais e auditivas, além de problemas motores e sensoriais. É comum que esses sintomas sejam acompanhados por febre, sudorese noturna e perda de peso.
O tratamento para o linfoma de sistema nervoso central geralmente envolve radioterapia e quimioterapia, a fim de reduzir o tamanho e a disseminação do tumor. Além disso, pode ser necessária a realização de cirurgia para remover parte do tumor.
Neste caso fizemos uma microcirurgia para biópsia de Linfoma de SNC guiada por neuronavegação e sob monitorização eletrofisiológica intraoperatória de lesão frontal esquerda.
Planejar procedimento através de modelos computadorizados 3D
Nas cirurgias de tumores cerebrais, como neste caso de uma paciente com Glioblastoma, o planejamento do procedimento através de modelos computadorizados 3D é fundamental para o bom resultado cirúrgico. A expertise cirúrgica e a monitorização eletrofisiológica agregam ainda a preservação neurológica funcional, visando sempre a máxima ressecção segura destes tumores
Cirurgia endoscopica para tratamento de hipofisite
A hipofisite é uma doença rara, e se constitui por uma inflamação da glândula pituitária (hipófise). Esta pequena glândula se localiza na base do crânio, entre a cavidade nasal e o crânio, e controla boa parte das glândulas do corpo (tireoide, suprarrenal, testículos e ovários). Radiologicamente a hipofisite é indistinguível dos tumores da hipófise, chamados de adenomas. No entanto, na sua história clínica, os sintomas visuais (paralisia da movimentação ocular) e o Diabetes insipidus (diurese elevada por disfunção do eixo do hormônio antidiurético) costumam ser mais precoces, enquanto que no adenomas estes sintomas são mais tardios e com tumores muito volumosos. Neste caso apresentamos a cirurgia de um jovem com paralisia de III nervo craniano esquerdo associado a Diabetes insipidus, submetido a ressonância magnética de sela túrcica mostrando lesão intraselar com extensão infraselar, e que mais tarde diagnosticou uma sarcoidose pulmonar.
Aneurisma de bifurcação de artéria cerebal média
Os aneurismas cerebrais são bolhas que se formam nas artérias cerebrais e que podem se romper a qualquer minuto. Quando ocorre o sangramento muitas vezes a consequência é catastrófica, e muitos pacientes não chegam vivos ao hospital. O diagnóstico do aneurisma é feito através de exame de imagem como angioressonância ou angiotomografia cerebral, ou mesmo por cateterismo – angiografia cerebral. Seu tratamento é feito por cateterismo, chamado de tratamento endovascular, e nos casos onde não se consegue tratar por cateterismo a cirurgia aberta é bem indicada. Neste caso realizamos a clipagem microcirúrgica de um aneurisma cerebral não-rôto da bifurcação da artéria cerebral média
Microcirurgia para Neurinoma Acústico
Os neurinomas do acústico são tumores benignos da base do crânio que cursam com perda auditiva progressiva e zumbido. Tumores grandes podem apresentar também paralisia facial periférica e quadros de acúmulo de líquido intracraniano (hidrocefalia). Eles crescem a partir da bainha externa do nervo vestibular, e são também chamados de Schwannoma vestibular. A cirurgia consiste em realizar um acesso por trás da orelha (acesso retromastoide retrosigmóide) para pulverização tumoral sob microscopia, e sob monitorização contínua do nervo facial. Nem sempre se consegue sua ressecção total tendo em vista risco de sequela permanente da função do nervo facial.
Oncocitomas de Células Fusiformes
Os oncocitomas de células fusiformes são tumores benignos muito raros da hipófise. Eles são muitas vezes confundidos com adenomas não-secretores, e se manifestam por pan-hipopituitarismo e déficit visual. São tumores muito sangrantes e aderentes aos vasos e ao tecido nervoso. Neste caso fizemos uma abordagem pelo nariz (endonasal) com o uso de uma câmera (endoscópio) para biópsia do tumor via transesfenoida
Terceiroventriculostomia endoscópica – Tratamento de hidrocefalia
O tratamento do acúmulo de líquido intracraniano (hidrocefalia) envolve em geral o uso de cateteres e válvulas, que ficam por baixo da pele, para drenar o líquido (líquor) de dentro do cérebro para a cavidade abdominal, onde é absorvido pelo peritôneo. No entanto este procedimento incorre em dois grandes problemas, o risco de infecção de até 8% das cirurgias e o risco de obstrução do sistema. No intuito de se solucionar este problema atualmente fazemos uma cirurgia com uso de uma câmera (endoscopia) para se criar um atalho para este líquido de dentro do cérebro para o seu entorno, onde passa a ser absorvido. Esta cirurgia é chamada Terceiroventriculostomia endoscópica
Microcirurgia para recidiva de tumor cerebral
Os tumores cerebrais primários em geral não dão metástase para outros órgãos. Os tumores malignos, ou aqueles benignos que malignizam, costumam recidivar no local, ao redor da cavidade cirúrgica prévia. Neste caso em questão vemos a malignização de um oligodendroglioma (grau II) para um oligodendroglioma anaplásico (grau III), com recidiva local nas bordas de cavidade cirúrgica prévia. A cirurgia consiste em máxima ressecção segura, guiada por neuronavegação e sob monitorização eletrofisiológica intraoperatória
Craniectomia com Drilagem da lesão óssea e descompressão orbitária lateral profunda
Nos pacientes com tumores ósseos da base do crânio, com infiltração da órbita, os sintomas principais são proptose com exo-oftalmo (deslocamento do globo ocular para fora) associado a perda progressiva da visão.
Nestes casos se procede à craniectomia com drilagem da lesão óssea e descompressão orbitária lateral profunda (sob auxílio de colega Oftalmologista), com posterior cranioplastia (uso de cimento biológico) e guiada por neuronavegação.
A navegação é feita com o uso de esferas reflexivas presas ao drill, que dão imagens em tempo real do local exato da drilagem sobre o exame de ressonância magnética.
Clipagem de Aneurisma cerebral de artéria cerebral média
As cirurgias para clipagem de aneurisma cerebral são cada vez mais raras, tendo em vista a evolução das técnicas de tratamento endovascular, com a embolização do aneurisma por cateterismo.
Nos casos de aneurismas não-rôtos se indica a cirurgia quando não há possibilidade de tratamento por cateterismo.
Dependendo da geometria do aneurisma e de sua localização, em especial aneurismas de artéria cerebral média, o tratamento cirúrgico é bem indicado.
Nestas cirurgias se usa caminhos naturais do cérebro para se chegar ao aneurisma (avenidas de líquor no meio do cérebro – chamadas cisternas) e fazer a clipagem microcirúrgica.
Microcirurgia para exérese de granuloma intracerebral
Os granulomas intracerebrais são de origem inflamatória ou infecciosa do sistema nervoso central. Muitas vezes se realiza a biópsia para diagnóstico da lesão, e posterior tratamento com imunoterapia ou com antibiomicrobianos.
A técnica microcirúrgica é muito parecida com aquela que usamos para exérese de tumores cerebrais.
Cirurgia de tumor de hipófise transesfenoidal endonasa
Nas cirurgias para tumor de hipófise se realiza a resseção do tumor pelo nariz, via endonasal, com o uso de uma câmera chamada endoscópio.
O acesso é feito através do seio esfenoidal e o tumor é curetado através da sela túrcica. Em tumores moles geralmente se consegue a exérese completa, com resolução dos sintomas endocrinológicos.
O acesso até o tumor é realizado por um otorrino, com mínima morbidade nasal.
Microcirurgia para metástases cerebelares
As metástases do cerebelo, localizadas na topografia da fossa posterior do crânio, são lesões potencialmente letais, tendo em vista o risco de compressão de estruturas vitais, tais como o tronco encefálico. Geralmente os pacientes apresentam dores de cabeça intensas associadas a tontura e desequilíbrio, principalmente ao se levantar para caminhar (marcha ebriosa, semelhante à da embriaguez).
O seu tratamento consiste na exérese de lesões sintomáticas, para posterior tratamento com radioterapia e quimioterapia.
Microcirurgia para Tumor Cerebral Maligno
Nas cirurgias para tumores cerebrais primários (gliomas) que nascem de dentro do cérebro, é difícil diferenciar o tecido cerebral normal e o tecido tumoral. Nesses casos é utilizada uma luz especial no microscópio durante o intraoperatório para ajudar na distinção desses tecidos.
A finalidade do tratamento cirúrgico visa a máxima resseção possível e de forma segura, guiada por técnicas de monitorização dos potenciais elétricos dos nervos cranianos, braços e pernas
Técnica de Monitorização da Pressão Intracraniana (PIC) por Telemetria (NASA)
Dr. Antonio Araújo é pioneiro na América Latina na técnica de monitorização da pressão intracraniana (PIC) por telemetria, tecnologia desenvolvida pela agência espacial NASA.
Nesta técnica implanta-se um eletrodo no tecido cerebral para monitorização contínua e à distância da pressão intracraniana, e os dados quantitativos assim como as curvas de pressão ficam armazenados e acessíveis pela internet.
Outros meios de aferição da PIC, menos invasivos, um deles até nacional, estão disponíveis. No entanto, infelizmente, até o momento apenas com aferição qualitativa, sem muitas vezes emprego na prática clínica
Técnica para se distinguir o tumor através de termografia por infravermelho
Nas cirurgias de tumores intrínsecos do cérebro, conhecidos como gliomas, muitas vezes a diferenciação entre o tumor e o tecido cerebral normal não é tão nítida. Nestes casos usa-se uma técnica especial para se distinguir o tumor através de termografia por infravermelho.
Como o tumor é mais vascularizado do que o tecido cerebral normal, ele emite mais radiação infravermelha, que pode ser detectada por uma câmera especial durante a cirurgia. Assim a associação da monitorização intraoperatória (com uso de eletrodo sobre a área motora e caneta estimuladora) com a termografia tornam a cirurgia muito mais segura e ainda aumentam a extensão da ressecção tumoral.
Microcirurgia para Clipagem de Aneurisma Cerebral com uso de Angiografia por nano LED Intraoperatório
Nas cirurgias para clipagem microcirúrgica de aneurismas cerebrais, uma técnica inovadora para visualização das artérias cerebrais é fundamental. Nesta técnica usa-se uma substância especial fluorescente chamada Indocianina verde (ICG) – tal como uma nano-lâmpada de LED biológica – que emite uma luz infravermellha que pode ser detectada pelo microscópio cirúrgico.
Assim consegue-se identificar, após a clipagem, se as artérias estão todas pérvias (e se o aneurisma está totalmente ocluído), para se garantir que o paciente não terá um derrame por obstrução de fluxo cerebral.
Cirurgia endoscópica para Drenagem de Abscesso pituitário
Os abscessos da região selar (abscessos pituitários) são causas raras de meningites bacterianas de repetição. São causados geralmente por complicação de uma hipofisite (inflamação na hipófise) ou em decorrência da infecção de um cisto congênito – cisto da bolsa de Rathke.
Geralmente necessitam de drenagem cirúrgica para sua resolução. A cirurgia é feita com auxílio de colega Otorrinologista por acesso endoscópico endonasal – pelo nariz.
Microcirurgia para drenagem de empiema epidural
Nas cirurgias para drenagem de empiema (coleção de pûs intracraniano) são realizadas lavagens abundantes com soro aquecido e antibiótico tópico, com limpeza cirúrgica de debris e tecidos desvitalizados. Estas coleções são causadas por atividade inflamatória intensa por rejeição a materiais de síntese (como placas de fechamento ou cimento ósseo) ou mesmo por infecção do sítio cirúrgico. As infecções de sítio cirúrgico se dividem em infecções superficiais (da ferida operatória) ou profundas (do compartimento intracraniano).
Elas dependem em geral de fatores intrínsecos dos pacientes como baixa imunidade, obesidade, diabetes, uso crônico de corticóides, câncer ou fatores ligados ao procedimento cirúrgico, como contaminação intraoperatória, tempo cirúrgico maior que quatro horas e uso de materiais de síntese – placas e cimentos.
Quimioterapia Intratecal com Ommaya
Nos pacientes oncológicos, portadores de tumores malignos, com acometimento do sistema nervoso central, com metástase no líquido cefalorraquidiano, é necessário o tratamento com quimioterapia intratecal.
Para se obter um acesso direto ao sistema liquórico sem necessidade de punção lombar repetitiva, coloca-se um reservatório chamado de Ommaya para se realizar estas quimioterapias.
Tumor Cerebral na Área Motora
Os tumores em áreas eloquentes cerebrais, tais como naquelas responsáveis pela movimentação de um lado do corpo – área motora primária – configuram um desafio. A estimulação cortical contínua com eletrodo motor para definição de área mais silenciosa para biópsia é fundamental.
Neste caso possibilitou a entrada segura no cérebro sem nenhuma morbidade funcional para o paciente.
Tecnologia Inovadora para monitoração da visão em cirurgia para tumor intracraniano
Dr. Antônio Araújo é um dos primeiros médicos da América Latina a usar uma tecnologia inovadora para monitorização da visão durante cirurgia para tumor intracraniano.
Esta técnica consiste em usar um óculos de LED para emitir pulsos de luz durante todo o procedimento para, por meio do potencial evocado visual, se atestar a viabilidade dos nervos da visão.
Microcirurgia para Tumor Cerebral sob monitorização da visão
Nos tumores intracranianos de base de crânio, como nos meningeomas de tubérculo selar, a compressão das vias ópticas é significativa, podendo o paciente perder a visão em decorrência disso. Nestes casos, usa-se um óculos de LED especial para emitir luzes durante toda a cirurgia e realizar a monitorização da visão por potencial evocado visual.
Cirurgia endoscópica endonasal de hipófise
As cirurgias para tumores da glândula hipófise são realizadas pelo nariz com o uso de uma câmera especial chamada endoscópio, sem a necessidade de corte, ou mesmo de tampão nasal (o paciente sai da sala de cirurgia respirando normalmente pelo nariz) e tem alta precoce do hospital.
Cirurgia de tumor cerebral com uso de espéculo
As cirurgias para tumores cerebrais profundos são realizadas com o uso de um espéculo de acrílico guiado por um sistema de laser chamado de neuronavegador (uma espécie de GPS que mostra milimetricamente a localização do tumor), com a trajetória calculada para evitar as áreas nobres do cérebro e sob monitorização das áreas eloquentes (importantes), garantindo a ressecção máxima da lesão com a máxima segurança.
Derivação ventriculo peritoneal por laparoscopia
As cirurgias para tratamento da hidrocefalia (acúmulo de líquido na cabeça) consistem em derivações do liquido da cabeça até a barriga, chamadas de Derivação Ventrículo-peritoneal. Estas cirurgias atualmente são realizadas com uso de uma câmera (laparoscopia) para se alojar o cateter dentro do abdome. Para se realizar a punção do cateter no crânio usamos um sistema especial de GPS chamado Neuronavegador, assim podemos escolher a localização exata com mínimo risco.
Microcirurgia para tumor de fossa posterior sem o uso de espátula
As cirurgias de tumores de fossa posterior (nuca) são procedimentos muito complexos e muito arriscados, com inúmeros riscos de sequelas, mas que na última década se tornaram absolutamente seguros graças à monitorização dos nervos cranianos e dos nervos dos braços e pernas e ainda à pulverização do tumor por ultrassom ou laser sem necessidade de retração ou uso de espátula.
Cirurgia endoscópica endonasal para Tumor de Hipófise
As cirurgias para tumores da glândula hipófise são realizadas com o uso de uma câmera (endoscópio) pelo nariz, sem necessidade de cortes com mínima morbidade nasal. O acesso é realizado por colega Otorrino. O pós-operatório requer assistência contínua de Endocrinologista de nossa equipe.
Microcirurgia para Metástase Cerebral na Área Motora
Os tumores malignos localizados em áreas nobres do cérebro, tais como aqueles sobre a área motora primária (que faz movimentar os braços e pernas) constituem um desafio para o cirurgião, mesmo dispondo de ferramentas cirúrgicas ultra-modernas. Em especial as metástases cerebrais em área motora devem ser cuidadosamente operadas sob monitorização completa dos potenciais evocados, a fim de se evitar piora de déficits no pós-operatório
Microcirurgia para drenagem de hematoma intracerebral e exérese de MAV
As malformações cerebrovasculares são a principal causa de sangramento intracerebral em pacientes jovens, até a terceira década de vida. Dentre elas, a mais comum é a Malformação Arterio-Venosa (MAV). As MAVs devem ser operadas em casos de sangramentos com hipertensão intracraniana. Nos casos diagnosticados incidentalmente podem também ser embolizadas ou irradiadas por Radiocirurgia.
Microcirurgia para Tumor Cerebral – Glioblastoma
As herniações cerebrais são situações gravíssimas decorrentes do aumento intenso e potencialmente letal da pressão intracraniana (pressão de dentro da cabeça).
Elas ocorrem quando partes do cérebro herniam em direção ao tronco encefálico, estrutura vital que controla o batimento cardíaco e a respiração.
Cirurgias de urgência para descompressão óssea (retirada do tampo da cabeça) seguidas por descompressão interna (aspiração microscópica da herniação cerebral) são fundamentais para a sobrevivência destes pacientes.
Microcirurgia para Glioma de baixo grau com Termografia
Os Gliomas de baixo grau são tumores primários do sistema nervoso que acometem pacientes jovens abaixo de 35 anos. Geralmente são de grau intermediário de malignidade, no entanto a sua retirada por completo diminui as chances de malignização e ainda melhora a sobrevida destes doentes. Muitas vezes são indistinguíveis do tecido cerebral normal, o que dificulta bastante a sua ressecção completa. Atualmente vem-se desenvolvendo uma técnica pioneira para diferenciar estas lesões com o uso de Câmera Ultrassensível de Infravermelho, que capta até diferenças de 0,01 grau Celsius de temperatura. O tecido tumoral emite mais calor que o tecido cerebral normal, o que permite extender a ressecção de forma segura até a totalidade.
Microcirurgia para clipagem de aneurisma de artéria cerebral média
Nas cirurgias para clipagem de aneurisma cerebral, usa-se a técnica de microcirurgia para dissecção de caminhos naturais por entre o cérebro (cisternas da base do crânio, repletas de líquor) e clipagem do aneurisma com clipes de titânio. Reserva-se esta técnica atualmente para aneurismas não-rôtos não-passíveis de tratamento endovascular (cateterismo), geralmente de artéria cerebral média, e para aneurismas rôtos de todas as localizações.
Cirurgia endoscópica endonasal para tumor de Hipófise
Os tumores da glândula hipófise, chamados de adenomas, são em sua grande maioria de tratamento medicamentoso. Reserva-se a cirurgia para os casos refratários a tratamento clínico e para aqueles com comprometimento visual, por compressão do nervo óptico. Nestes casos se faz a cirurgia pelo nariz (endonasal) sem cortes, com o uso de câmeras chamadas de endoscópios, para a curetagem da lesão
Linfoma cerebelar
Os linfomas primários do sistema nervoso central são tumores malignos que podem estar associados à infecção pelo HIV, costumam ter localização profunda periventricular e extensão para o corpo caloso. Estas lesões costumam responder ao tratamento com corticóides e com quimioterapia. Seu diagnóstico pode ser dado por exame de imunofenotipagem no líquor ou por biópsia cerebral por agulha. Em casos onde há bastante efeito compressivo do tumor deve-se proceder à craniotomia para retirada da lesão.