Segundo estudo publicado no JAMA Pediatrics, a intensidade com que os sintomas da depressão e da ansiedade se manifestam nas gestantes influencia no desenvolvimento cerebral do bebê. A publicação afirma que quanto mais ansiosa ou depressiva a mulher estiver, maior será a densidade da substância branca na criança. A substância branca é composta por feixes de fibras nervosas que conectam várias regiões cerebrais.

Especialistas da Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA, afirmam que as vias neurais diferentes em filhos de mulheres que tiveram ansiedade ou depressão durante a gravidez podem tornar essas crianças mais propensas à doença no futuro. Para chegar a essa conclusão os pesquisadores selecionaram 149 pares de mães e filhos que passaram por avaliações de neuroimagem.

O estudo clínico inicial examinou a associação entre a experiência da primeira infância e o desenvolvimento do cérebro infantil. Como parte da pesquisa as mães preencheram questionários de depressão e ansiedade na 28ª e 35ª semana de gestação. Mais tarde, os bebês com cerca de um mês de idade foram submetidos a ressonâncias magnéticas enquanto dormiam.

O resultado do estudo apontou uma conexão específica entre os índices de depressão e ansiedade da mãe e a composição da substância branca do cérebro dos bebês. Foi descoberto também que a substância branca se desenvolve mais rápido nas meninas do que nos meninos. A melhor forma de garantir o desenvolvimento cerebral saudável das crianças, é atentar-se ao rastreamento de distúrbios ansiosos e depressivos durante o pré-natal.

Fonte: Estadão Blog