O New England Journal of Medicine (NEJM) publicou em janeiro último, três diferentes estudos científicos multicêntricos nos quais foram apresentados resultados promissores para a utilização do anticorpo monoclonal ocrelizumabe, para tratamento da esclerose múltipla, tanto na forma primária progressiva quanto na fase remitente recorrente.

Já aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador de medicamentos dos Estados Unidos, e também pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o medicamento produzido pela Roche recebe o nome de Ocrevus®. Além disso, segundo a diretora médica e chefe global de desenvolvimento de produtos da Roche, essa é “a primeira terapia da classe direcionada para as células B”.

A Esclerose Múltipla é uma condição na qual o sistema imunológico “ataca” a bainha de mielina, uma estrutura que reveste as células nervosas do organismo. A doença, que ainda não tem cura, pode ocorrer de duas formas diferentes: a remitente recorrente e a primária progressiva.

A forma remitente recorrente é a mais comum e atinge cerca de 80% dos pacientes diagnosticados com EM, sendo caracterizada por surtos seguidos por melhora total ou parcial da incapacidade gerada. Já no caso da Esclerose Múltipla primária, os sintomas e déficits neurológicos desenvolvidos não apresentam a remissão das lesões causadas.

O Ocrevus® é o primeiro e único medicamento aprovado para tratamento da Esclerose Múltipla em suas duas formas, e ataca apenas as células B CD20-positivas, que são responsáveis pelos danos anormais à mielina e danos axonais, preservando a formação de anticorpos dentre outras funções importantes do sistema imunológico.

Fonte: Bem Estar