Música como incentivo para a memória de pacientes com Alzheimer. Sonho? Não. Realidade criada por um adolescente de 12 anos do Recife, em Pernambuco. O jovem criou um aplicativo que estimula partes do cérebro ligadas às lembranças e o trabalho foi, inclusive, reconhecido como terapêutico pela Sociedade Brasileira de Alzheimer.

Começou assim: o garoto visitou um asilo e, tocado com o que viu, pesquisou sobre demência e outras doenças ligadas à perda de memória na terceira idade. Ele aproveitou uma feira escolar para colocar em prática o que descobriu ao pesquisar sobre como a música auxilia pacientes com esse tipo de doença.

O aplicativo funciona na forma de jogo. Após dar início, o jogador ouve trechos de uma música e associa o conteúdo a uma das três imagens que aparecem em seguida. É o box no cantinho da tela que marca erros e acertos. A lista de músicas é bem eclética, vai desde a clássica marcha nupcial até a vinheta do Jornal Nacional, da Globo.

Chamado de ‘Memory-Game’, ou jogo da memória na tradução livre, o sistema armazena centenas de músicas e estimula, além da memória, a emoção de cada paciente. O aplicativo está disponível também para computadores de forma online.