Dores musculares, fadiga, falta de sono, depressão, dores de cabeça, confusão mental e dificuldades de memória, são alguns dos sintomas relatados por pessoas que se recuperam da Covid-19. E boa parte dessas queixas de quem já teve a doença tem um fundo neurológico.

O coronavírus causa danos no cérebro e no nervo periférico, se não diretamente, ele desencadeia no organismo. Como, por exemplo, os trombos microscópicos e outros fatores que atrapalham a chegada de oxigênio, a invasão de células imunológicas na massa cinzenta e a famosa tempestade de substancias inflamatórias.

Segundo o neurologista Jefferson Becker, professor da Escola de Medicina da PUC do Rio Grande do Sul, alguns vírus conseguem se intrometer na área nobre do sistema nervoso central, geralmente usando duas rotas: avançando por um nervo do corpo ou pelo sangue, revela ainda, que o Sars-CoV 2 pode causar comprometimentos neurológicos tardios.

Entenda como isso supostamente acontece

Responsável por dar suporte aos neurônios cerebrais e ajudar a criar a chamada barreira hematoencefálica, escudo ao redor do cérebro com a função de impedir que toda e qualquer substância entre nele, a glia, é atacada pelo vírus da COVID-19, destruindo parte desse bloqueio deixando as “portas abertas”, para a entrada no sistema nervoso.

Becker relata que, assim surge a especulação de que as dores de cabeça que
atormentam 25% dos pacientes após a infecção, teriam relação com o sistema glinfático que não estaria drenando da maneira correta aquilo que precisaria ir embora.

O mesmo poderia estar acontecendo com a fadiga excessiva relatava por quase 70% dos pacientes que tiveram a doença. Esse sintoma seria mais uma consequência de uma suposta disfunção do sistema glinfático.

Sobre os outros sintomas

A fraqueza e as dores musculares, segundo o mesmo estudo, as fibras musculares podem ser infectadas pelo próprio vírus, ou ainda, os músculos podem ser alvos indiretos de toxinas virais e de substâncias inflamatórias presentes organismo.

Além disso, deve ser levado em consideração o tempo de internação e os medicamentos utilizados, já que depois muito tempo internado e os medicamentos utilizados, podem ocorrer dores no corpo e dificuldade para respirar, após alguns dias depois da alta.

No caso da memória, cognição e falta de atenção, o neurologista aponta que a região cerebral do hipocampo é particularmente afetada pelo vírus e como hipocampo é a sede da memória, isso leva à hipótese de que, passada a pandemia, teremos mais casos de doenças como o Alzheimer, por exemplo.

Mas, o especialista aponta também de devemos levar em consideração que esses problemas podem surgir de outros fatores, como a ansiedade e o estresse.

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