A depressão é a principal causa de incapacidade em todo o mundo, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença atinge mais de 300 milhões de pessoas ao redor do planeta. E apesar de mais comum em sua versão unipolar, a doença também pode se manifestar junto ao transtorno bipolar, sendo essa condição conhecida como depressão bipolar. Essa, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), acomete cerca de 4 milhões de pessoas só no Brasil.

Esse distúrbio apresenta episódios depressivos apresentados por pacientes que sofrem também com o transtorno bipolar do humor. Dentre os principais sintomas estão a junção de humor exaltado, aceleração do pensamento, agitação, excesso de energia, euforia, irritabilidade, mudanças bruscas de humor e alterações no sono. A duração dos episódios pode variar de semanas a anos, e a intensidade também pode passar de leve para moderada ou grave.

Os sintomas da depressão, seja ela unipolar ou bipolar, são praticamente os mesmos: tristeza prolongada constante, sensação de vazio, irritabilidade e alterações no sono e no apetite. Entretanto, algumas dessas manifestações são mais comuns da depressão bipolar, como o excesso de sono, ganho de peso, delírios e instabilidade de humor acentuada. A Associação Brasileira de Psiquiatria afirma que 15% dos pacientes com depressão bipolar acabam tirando a própria vida.

Para realizar o diagnóstico preciso, um psiquiatra deve analisar histórico familiar (já que o problema pode ter origem hereditária), sintomas relatados pelo paciente, estilo de vida, entre outros aspectos. A partir daí o tratamento é iniciado com medicamentos e psicoterapia. Desses, o maior aliado do paciente é o estabilizador de humor. Estudos apontam também a possibilidade de utilizar antidepressivos e antipsicóticos, dependendo de cada caso.

Fonte: Gazeta do Povo