Confundida com doença, autismo é uma síndrome de origem genética que afeta, em diferentes níveis, a cognição, o comportamento e a interação. Mais comum do que se imagina, segundo o neurologista brasileiro Carlos Gadia, uma a cada 59 crianças em países como Estados Unidos e Coreia do Sul é autista.

Ainda de acordo com o médico, existe uma série de sinais de alerta que, quando presentes na criança muito precocemente, aumentam a possibilidade de ser diagnosticada com autismo. Por exemplo: a ausência de palavras aos 12 meses de idade, menos de 50 palavras aos 18 meses de idade, ausência de duas palavras juntas aos 2 anos de idade, qualquer regressão, tanto de interação social como de comunicação em qualquer idade.

Carlos Gadia ressalta que uma sociedade cada vez mais conectada às mídias digitais tem tornado a rotina do autista melhor e constata que para pacientes que chegam à fase adulta como funcionais e independentes, há um mercado de trabalho aberto ao que ele denomina de “ilhas de excepcionalidade”. São capacidades acima da média em conhecimentos como matemática e física em que, geralmente, pessoas com autismo se destacam em relação aos demais.

Fonte: G1