Conhecido principalmente pela perda progressiva da memória, o Alzheimer ainda é uma doença sobre a qual pouco se sabe. Os inúmeros avanços da medicina não foram capazes de desenvolver um tratamento curativo ou de descobrir a causa exata da doença. Entretanto, muito se fala sobre a possível relação entre o vírus do herpes e a origem do Alzheimer.

Professores das Universidades Manchester e Edumburgo, no Reino Unido, publicaram no periódico Journal of Alzheimer’s Disease uma análise sobre três estudos taiwaneses sobre o assunto. Os especialistas apontam que esses materiais apresentam fortes evidências de que há uma ligação entre a infecção e o Alzheimer.

Entre os levantamentos orientais, um dos pesquisadores observou durante nove anos mais de 8 mil indivíduos com idade igual ou superior a 50 anos que manifestaram no ano 2000 sintomas do vírus herpes simplex tipo 1, dentre eles o surgimento de bolhas na boca e no corpo. Ao mesmo tempo o autor observou mais de 25 mil indivíduos sem evidências de infecção pelo vírus.

Ao final da pesquisa os cientistas comparam os dois grupos e descobriram que o risco de desenvolver o Alzheimer foi cerca de 2,5 vezes maior nos pacientes que sofreram graves manifestações do herpes. Entretanto, os indivíduos desse grupo que receberam drogas contra o vírus apresentaram dez vezes menos chances de desenvolver a doença.

Obviamente ainda são necessários estudos mais profundos e de longo prazo para definir os reais fatores de associação entre as duas condições, entretanto, uma das profissionais que analisaram os estudos afirma uma forte possibilidade de que os “antivirais seguros e facilmente disponíveis podem ter um papel importante no combate à doença”.

Fonte: Portal Saúde