Publicado pelo New England Journal of Medicine, um ensaio clínico de trombectomia para acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico agudo apontou possíveis preocupações na realização do procedimento endovascular sob anestesia geral. O ensaio apresentou um grande benefício na remoção do coágulo por trombectomia em pacientes com oclusão de grande vaso, de seis a dezesseis horas após o início do AVC, e ainda com tecido cerebral viável identificado na imagem de perfusão.

Por outro lado, resultados de análise de subgrupos sugeriram que o benefício em questão é reduzido em pacientes que recebem o procedimento sob anestesia geral. Um dos responsáveis, Dr. Maarten Lansberg, da Stanford University Stroke Center, nos EUA, afirma que é indicado evitar a anestesia geral quando possível. “Quando os pacientes tratados com trombectomia sob sedação consciente foram comparados com o grupo controle, houve um benefício maior e significativo”, explica.

Os especialistas reconheceram que, em determinados casos, a anestesia geral é realmente necessária, como quando há desconforto respiratório, pois os pacientes precisam ser intubados. Em contraponto, defenderam que a anestesia geral não deve ser utilizada apenas por supostamente tornar o procedimento mais fácil. Quando questionados, outros especialistas opinaram que tudo depende da circunstância certa em torno do procedimento, e que em todos os casos deve ser realizada uma análise individual.

Fonte: Medscape