Desenvolvida pelo educador Chris Biffle, a “Whole Brain Teaching” (ensino do cérebro inteiro, em tradução livre) é uma proposta de ensino que utiliza estímulos e respostas rápidas como base de uma abordagem que visa a otimização do aprendizado dos alunos, diminuindo problemas de disciplina e ampliando a atenção por meio de atividades que envolvem todo o cérebro.

A professora norte-americana Jasselle Cirino defende que o método de ensino tradicional perde cada vez mais alunos por ser composto apenas por longas e complexas explicações. Por outro lado, as técnicas do Whole Brain Teaching garante até 100% da participação dos alunos.

Em uma das técnicas utilizadas, o professor emite a palavra “classe” e os alunos devem responder “sim” no mesmo ritmo e tom utilizados pelo professor. Essa é uma forma de preparar o cérebro para receber uma informação importante e garantir que todos estejam atentos e envolvidos com o que está prestes a ser dito. Jasselle explica que essa é uma técnica capaz de ativar o córtex pré-frontal, área do cérebro responsável por tomar decisões.

A aprendizagem ativa também é uma das técnicas utilizadas. Nela os alunos devem repassar o conteúdo a seus colegas de classe utilizando suas próprias palavras, após ouvir a explicação do professor. Dessa forma o aluno ouve, escreve, fala e gesticula, o que exige a utilização de diferentes partes do cérebro. Essa técnica também permite que o professor defina os conteúdos que devem ser retomados em sala de aula, ao notar que determinado aluno não captou a mensagem de forma adequada.

Especialistas questionam a abordagem de ensino e afirmam que a utilização de um termo relacionado à neurociência é um equívoco. Os professores, porém, afirmam que os benefícios e o maior envolvimento dos alunos é um fato comprovado e que, independentemente das técnicas de neurociência utilizadas, essa tem sido uma abordagem positiva para o ensino desses alunos.

Fonte: Gazeta do Povo