A Araújo & Fazzito está acompanhando o COVID-19 e os estudos que estão em andamento.

Médicos do Hospital Beijing Ditan, Pequim, anunciaram que curaram um paciente do sexo masculino cujo o fluído cérebro espinhal continha o COVID-19.

O paciente desenvolveu sintomas associados à diminuição da consciência, quando estava na unidade de terapia intensiva (UTI), embora não houvesse sinais anormais nas imagens tomográficas computadorizadas do crânio.

A equipe médica realizou o sequenciamento genético em amostras de seu líquido cérebro espinhal e confirmou a presença do novo coronavírus e o paciente foi diagnosticado com encefalite, uma inflamação do cérebro.

Após o tratamento da encefalite viral, os sintomas neurológicos do paciente desapareceram gradualmente.

Os pesquisadores descobriram anteriormente que os vírus SARS e MERS também podem invadir o sistema nervoso dos pacientes.

Doenças respiratórias e a capacidades neuroinvasivas

Há algumas décadas, os dados científicos demonstraram que vários vírus respiratórios têm capacidades neuroinvasivas, pois podem se espalhar do trato respiratório para o sistema nervoso central (SNC).

Os vírus que infectam células do SNC humano podem causar diferentes tipos de encefalopatia, incluindo encefalite e doenças neurológicas a longo prazo.

Como outros vírus humanos neuroinvasivos bem conhecidos, o novo coronavírus costuma invadir o SNC através da via olfatória, causando uma ativação do sistema imunológico cerebral chamado de micróglia, com tentativa dos macrófagos ativados de fagocitar os vírus, e consequente liberação de proteínas inflamatórias – citoquinas. Estas citoquinas vão ativar a cascata inflamatória do SNC e desencadear a encefalite – inflamação do parênquima cerebral.

O vírus é feito em laboratório?

Por ser um vírus novo, muitas dúvidas surgem a respeito do SARS-CoV-2 [como é chamado o novo coronavírus], mas ele não foi produzido em laboratório como muitas teorias estão dizendo.

Um estudo científico feito por pesquisadores de universidades dos Estados Unidos, Austrália e Reino Unido, e publicado recentemente na revista Nature Medicine, o vírus é resultado de evolução natural, sem engenharia humana.

Kristian Andersen, principal autor do artigo, destacou que a equipe analisou dois elementos da proteína usada pelo vírus para invadir e se prender nas células humanas e animais. Foi descoberto que certas características são tão eficazes na ligação que só podem ser resultadas da seleção natural.

 

Fonte: Estudo – Human Coronaviruses and Other Respiratory Viruses: Underestimated Opportunistic Pathogens of the Central Nervous System?; Nature Medicine e Portal PEBMED.