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Araújo & Fazzito tem longa tradição no segmento de atendimento ao paciente neurológico, com profissionais gabaritados, com formação plena nacional e internacional. Contamos com colegas neurologistas, neurocirurgiões e neuropsicólogos para oferecer aos clientes atendimento abrangente e profissional. A qualidade, a tecnologia, a verdade, a confiabilidade, o cuidado, a transparência, a busca e a difusão do conhecimento são pilares formadores e mantenedores de nossa empresa.

 

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A neuropsicologia infantil é uma interface ou aplicação da psicologia e da neurologia, que estuda as relações entre o cérebro e o comportamento humano em crianças..

Neuropsicologia infantil

A neuropsicologia infantil é uma interface ou aplicação da psicologia e da neurologia, que estuda as relações entre o cérebro e o comportamento humano em crianças.

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Publicado em 19/08/24

Entenda as alterações na vida sexual recorrentes entre as pessoas que convivem com a EM
 
 
 

A saúde sexual na esclerose múltipla 

A saúde sexual é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um bem-estar físico, emocional, mental e social da sexualidade. 

Cerca de 40 a 80% das mulheres e 50 a 90% dos homens com Esclerose Múltipla (EM) apresentam algum tipo de disfunção sexual (DS), e a maioria deles tem muita dificuldade em comunicar seus médicos e conversar sobre o assunto.

Existem diversos fatores que interferem e acabam dificultando essa comunicação:

Pacientes: 

  1. Prevalência de outros sintomas neurológicos e dúvidas sobre eles; 

  2. Presença de familiares e/ou amigos nas consultas;

  3. Tabu social sobre a sexualidade (religioso, cultural);

  4. Não serem questionados pelo médico sobre sua vida sexual. 

Médicos:

  1. A maioria relata não saber lidar com o assunto;

  2. Dificuldade no questionamento, quando estão na presença de familiares e/ou amigos dos pacientes;

  3. A falta de tempo nas consultas.

É importante ressaltar que o tratamento das disfunções sexuais dos pacientes com EM não deve ser restrito aos sintomas e queixas, mas também incluir a expectativa do mesmo. Em um estudo epidemiológico, prospectivo, publicado pela Sexual Medicine em 2022 (Screiber-Bontemps A et. al), a aplicação de questionários sobre a disfunção sexual em mulheres, com idade média de 47 anos e 14 anos de diagnóstico da esclerose múltipla verificou que 59% das entrevistadas apresentavam dificuldades sexuais e 95% declararam que suas dificuldades estavam relacionadas à EM.

Os principais motivos/expectativas que levaram à busca de tratamento para a DS envolviam a melhora do desejo sexual, da excitação e a incapacidade de atingir orgasmos, bem como, melhorar a autoestima, conforme a figura abaixo:

 
 

As alterações sexuais observadas são complexas e variáveis, apresentando componentes anatômico, psicossocial e comportamental. 47% das mulheres na população geral apresentam disfunções sexuais, e, naquelas com EM, essa porcentagem varia de 40 a 74%. Elas têm, predominantemente, redução na lubrificação vaginal, alterações no clitóris e dor no intercurso sexual.

No sexo masculino, ocorre, mais frequentemente, a dificuldade na ereção e ejaculação. Tanto os homens quanto as mulheres têm como queixa frequente a redução na libido, sendo que nas mulheres está relacionada, principalmente, ao medo de rejeição do parceiro/a e de não satisfazê-lo/a, a baixa autoestima e a própria EM. A falta de comunicação entre as pacientes e o/a parceiro/a é um fator crucial no comprometimento de um bom relacionamento sexual. 

O casal precisa aprender a conviver com a EM, e as mulheres a redescobrir seu próprio corpo e o do/a parceiro/a, restabelecer a intimidade e harmonia sexual, buscando um novo equilíbrio.

É essencial, também, que os médicos abordem essa necessidade e desejo das pacientes para uma melhora na qualidade de vida. A comunicação entre a paciente e o profissional de saúde é muito importante para a boa evolução e cuidado, mas levar em consideração não somente os sintomas da EM e das disfunções sexuais, assim como a expectativa de cada paciente. 

O médico deve ter a sensibilidade de saber lidar com a fragilidade emocional, que decorre não só dos sintomas, mas também da própria existência da EM. O tratamento deve ser sempre individualizado e direcionado às queixas e aos anseios de cada uma, sendo sempre amplo e abrangente.

As disfunções sexuais, de acordo com Sparaco M e Bonavita S, 2022, podem ser divididas em causas primárias, secundárias e terciárias.

1) Causas primárias das disfunções sexuais

Estão relacionadas diretamente ao dano neurológico causado pelas lesões desmielinizantes, como as alterações de sensibilidade genitais, redução no desejo sexual e disfunção orgásmica. As alterações estruturais afetam diretamente a resposta sexual.

As alterações orgásmicas podem acometer 37,1% das mulheres e 36% têm redução na lubrificação vaginal. A diminuição do desejo e a alteração na lubrificação podem levar a dor na relação sexual (dispareunia), que interfere diretamente na excitação e nas causas terciárias da DS, como aumento de depressão e ansiedade.

Muitas pacientes se beneficiam com uso de lubrificantes vaginais, dispositivos sexuais e acompanhamento multidisciplinar para melhora na lubrificação e no orgasmo.

As lesões medulares, cervicais e torácicas podem causar sintomas urinários e intestinais, que também interferem na disfunção sexual e serão abordados mais abaixo.

 As disfunções sexuais no sexo masculino de causa primária incluem alterações sensitivas genitais, alterações de ereção e também ejaculatórias e, na maioria dos pacientes, se observa associação de causas orgânicas e não orgânicas.

De 50 a 85% dos pacientes, podem apresentar dificuldade na ereção, que incluem a ereção na masturbação bem como manter a ereção durante o intercurso sexual. (Prévinaire JG et. al, 2014).

Mais de 50% dos homens podem apresentar alterações na ejaculação, sendo mais de 60% tem ejaculação precoce; 33%, ejaculação retrógrada ou ausência de ejaculação; e mais de 50%, apresentam um retardo na ejaculação. Além disso, até 50 % deles se queixam de dificuldade em atingir o orgasmo.

Estão relacionadas diretamente ao dano neurológico causado pelas lesões desmielinizantes, como as alterações de sensibilidade genitais, redução no desejo sexual e disfunção orgásmica. As alterações estruturais afetam diretamente a resposta sexual.

As alterações orgásmicas podem acometer 37,1% das mulheres e 36% têm redução na lubrificação vaginal. A diminuição do desejo e a alteração na lubrificação podem levar a dor na relação sexual (dispareunia), que interfere diretamente na excitação e nas causas terciárias da DS, como aumento de depressão e ansiedade.

Muitas pacientes se beneficiam com uso de lubrificantes vaginais, dispositivos sexuais e acompanhamento multidisciplinar para melhora na lubrificação e no orgasmo.

As lesões medulares, cervicais e torácicas podem causar sintomas urinários e intestinais, que também interferem na disfunção sexual e serão abordados mais abaixo.

 As disfunções sexuais no sexo masculino de causa primária incluem alterações sensitivas genitais, alterações de ereção e também ejaculatórias e, na maioria dos pacientes, se observa associação de causas orgânicas e não orgânicas.

De 50 a 85% dos pacientes, podem apresentar dificuldade na ereção, que incluem a ereção na masturbação bem como manter a ereção durante o intercurso sexual. (Prévinaire JG et. al, 2014).

Mais de 50% dos homens podem apresentar alterações na ejaculação, sendo mais de 60% tem ejaculação precoce; 33%, ejaculação retrógrada ou ausência de ejaculação; e mais de 50%, apresentam um retardo na ejaculação. Além disso, até 50 % deles se queixam de dificuldade em atingir o orgasmo.

A falta de diálogo e informação aumentam o tabu sobre a sexualidade e quando ocorre algum transtorno relacionado a ela, é mais difícil ainda a comunicação. 

Os problemas psicológicos relacionados às doenças crônicas, como a esclerose múltipla, levam às disfunções sexuais, sendo que 30% dos pacientes desenvolvem depressão e/ou ansiedade e  o próprio uso de antidepressivos pode ter como efeito colateral a redução da libido, do desejo sexual e da lubrificação vaginal.

Os pacientes do sexo masculino podem apresentar disfunção erétil, alterações na ejaculação e libido, devido ao uso de medicamentos para tratametno dos sintomas da EM. Os antidepressivos e inidores seletivos da recaptação de serotonina podem causar retardo ou ausência de ejaculação, além de interferir na libido e,  consequentemente, na ereção do paciente. 

O uso de baclofeno intratecal para controle da espasticidade está relacionado às alterações na ejaculação desses pacientes.

Elas decorrem das alterações físicas da EM como espasticidade, dor e fadiga.

A fadiga é uma queixa frequentemente associada à EM, ocorrendo em mais de 20% dos casos e definida como a dificuldade em iniciar ou sustentar um esforço voluntário, o que pode levar à falta de motivação para se envolver em várias atividades, pois interfere diretamente na qualidade de vida dos pacientes, no seu rendimento, humor e nas queixas sexuais.

Em até 30% dos casos, a DS está relacionada à dificuldade de movimento, fraqueza muscular e mudança na posição corporal, interferindo no intercurso sexual e gerando medo em não conseguir satisfazer seu/sua parceiro/a, redução na lubrificação e dificuldade em atingir o orgasmo. Várias mulheres apresentam diminuição na autoestima e deixam de se sentir atraentes por causa de suas dificuldades motoras.

Muitas pacientes apresentam aumento da espasticidade durante a atividade sexual, ocasionando mais dor e, consequentemente, reduzindo mais a libido e excitação.

Assim como no sexo feminino, os pacientes apresentam disfunções sexuais decorrentes de causas secundárias, sendo que a espasticidade e a dor interferem na ereção, bem como na libido. Observa-se que até 39% deles se queixam de redução na libido.

   

Em um estudo realizado em 2019 pela Faculdade de Medicina do ABC, observou-se que a disfunção sexual é uma queixa frequente entre os pacientes do sexo masculino com EM, porém pouco valorizada ou abordada. De 50 a 90 % dos homens, apresentavam alguma queixa sexual que afetava diretamente sua qualidade de vida, principalmente por serem pacientes jovens com vida sexual ativa –  48,7% apresentavam disfunção orgásmica grave; 33,3%, redução moderada no desejo sexual; e 59%, relataram insatisfação moderada e grave com o intercurso sexual. (vide figura 2)

 
 

Entrevista em 27/01/24

Síndrome do pescoço tecnológico: o que é e 5 passos para evitá-la


De acordo com neurocirurgião, o problema não é grave e tem solução. Saiba mais!


Por: Juliany Rodrigues
26 jan 2024 – 19h29



A síndrome do pescoço tecnológico (em inglês, “tech neck) é uma deformidade causada pelo abuso no uso de celulares e outros aparelhos eletrônicos. Ficar com a cabeça baixa, olhando para as telas, além de acelerar o processo de envelhecimento, favorecendo o surgimento de papada e rugas no pescoço, pode provocar problemas posturais a longo prazo.

Saiba como usar o celular sem prejudicar tanto a saúde da sua coluna cervical! 

Saiba como usar o celular sem prejudicar tanto a saúde da sua coluna cervical! |

Segundo a YouGov, instituição de pesquisa do Reino Unido, 53% dos usuários de celulares se sentem ansiosos quando não podem usar seus smartphones. No mesmo estudo, mais da metade dos entrevistados disse que nunca desligam seus telefones.


Problemas na coluna lideram afastamentos do trabalho
“O vício em tecnologia, que é bastante comum e vem crescendo cada vez mais, pode agravar ou até mesmo desencadear condições na coluna cervical, gerando dores e outros malefícios”, alerta o Dr. Antônio Araújo, neurocirurgião da clínica Araújo & Fazzito.

A seguir, o médico compartilha 5 cuidados fundamentais para usar os aparelhos de maneira segura, evitando não só a síndrome do pescoço tecnológico mas outras complicações relacionadas à saúde da coluna. Confira:

COMO EVITAR A SÍNDROME DO PESCOÇO TECNOLÓGICO?


Tenha limites


Permanecer um longo período com a postura errada é algo muito prejudicial à coluna. Por isso, para minimizar os danos, é fundamental estabelecer um limite de tempo para o uso de dispositivos eletrônicos.

Você pode programar o próprio celular para esse tipo de controle, seja por meio de aplicativos ou da própria configuração do aparelho.

 

Fracione seu tempo

Há casos em que não conseguimos diminuir o tempo de uso do celular, afinal, ele já se tornou um item essencial em muitos aspectos da nossa vida, incluindo o trabalho. Nesse contexto, o melhor a se fazer é fracionar esse tempo.

E como fazer isso? Quando perceber que está há muitas horas com a postura errada, caminhe um pouco, deixe de lado o aparelho e arrume a sua posição.

“Dessa forma, você fica menos tempo na postura errada, levanta, o que é muito bom para a circulação também, e retoma seu trabalho arrumando a posição novamente”, recomenda o neurocirurgião.

 

Preste atenção na sua postura

O médico indica que você esteja sempre alerta à posição do seu pescoço e coluna durante o uso dos dispositivos. Ao notar qualquer desconforto, faça ajustes imediatos na sua posição e considere procurar um especialista de saúde.

“Esse cuidado é indispensável para treinar seu corpo para que ele esteja sempre na postura correta. Depois, ele passa a ser mais natural”, destaca.

 

Movimente-se


Os exercícios físicos são fundamentais para manter a saúde geral do organismo, colaborando, inclusive, para a prevenção de problemas posturais e deformidades como a do pescoço tecnológico.

” Prática de exercícios como musculação, pilates, entre outros, ‘ensinam’ o corpo a estar sempre com a postura correta, mas é importante sempre ser acompanhado por um profissional”, orienta.

 

Dor não é normal! Busque ajuda médica
“É sempre bom ressaltar que nenhuma dor é normal e costuma significar que alguma coisa está errada. Por isso, caso comece a sentir alguma dor, procure um médico para investigar a razão e já começar um tratamento”, opina o especialista.

Quando antes uma doença ou deformidade seja avaliada por um médico, mais fácil de curar. “O prognóstico costuma ser sempre melhor quando o problema é detectado e tratado de forma correta desde o início, por isso é preciso ficar atento”, conclui.

 

 

Entrevista em 29/01/24

A causa desse tipo de cefaleia não é a mesma da dor comum, mas os sintomas acabam se misturando.

enxaqueca menstrual é uma forma específica de cefaleia que ocorre em associação ao ciclo menstrual. Essa dor se associa às alterações hormonais comuns no período. Ela pode preceder, ocorrer durante ou também após a menstruação. De acordo com a neurologista Mirella Fazzito, de São Paulo/SP, nem todas as mulheres apresentam esse tipo de crise. “A intensidade e frequência dos sintomas é individual e seu tratamento pode envolver o uso de medicamentos preventivos, analgésicos e medidas de autocuidado e melhora na qualidade de vida, como, por exemplo, descanso, atividade física e alimentação equilibrada”.

Segundo a profissional, a queda nos níveis de estrogênio é considerada um dos principais fatores para a condição. “Dias antes da menstruação é comum que ocorra essa queda e, consequentemente, o início da dor. Porém é variável, dependendo de múltiplos fatores, inclusive o uso de métodos contraceptivos hormonais”, comenta a médica.

Sintomas – Falando em sintomas, a enxaqueca menstrual é bem semelhante quando comparada aos da enxaqueca comum. Quando a dor acontece ou se exacerba durante a TPM, recebe o nome de enxaqueca menstrual. Geralmente, ela é pulsante e intensa, prevalecendo em um lado da cabeça. Podem ocorrer náuseas e vômitos, sensibilidade à luz e ao som, bem como visão embaçada e tontura. “É importante deixar claro que algumas mulheres podem experimentar enxaqueca apenas durante o período menstrual.  Outras podem ter crises em outros momentos do mês. Além disso, quem tem mais propensão a ter dores de cabeça, apresenta, frequentemente, esse desconforto na menstruação”, observa a neurologista. 

Tratamento – Para enxaqueca menstrual, o tratamento pode envolver abordagens semelhantes ao tratamento de enxaqueca em geral, como o uso de analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides e triptanos, entre outros. É muito importante procurar um neurologista e também um ginecologista, pois em alguns casos pode haver benefício em iniciar terapia hormonal.

Além disso, ainda de acordo com a Dra. Mirella, essas dores de cabeça também podem exacerbar com o uso de pílulas anticoncepcionais, podendo ser ela a causadora da enxaqueca. “Nesse caso, o ideal é procurar um ginecologista para trocar a pílula ou até mesmo o método contraceptivo”.

O importante é que as mulheres que experimentam enxaqueca menstrual consultem um profissional de saúde para uma avaliação adequada e desenvolvimento de um plano de tratamento personalizado. Além disso, manter um diário dos sintomas pode ajudar a identificar padrões e desencadeadores específicos, auxiliando no gerenciamento a longo prazo da enxaqueca menstrual.

Entrevista em 22/01/24

É tarde da noite e você deveria estar dormindo, mas seu parceiro, que está deitado ao seu lado, está roncando sem parar. Já passou por isso?

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Dados da ABS (Associação Brasileira do Sono) mostram que cerca de 24% dos homens e 18% das mulheres roncam. Em pessoas com mais de 60 anos, os números são maiores: 60% têm essa condição

Segundo George do Lago Pinheiro, otorrinolaringologista e membro da ABS, quem ronca, na maioria dos casos, não tem ideia de que isso acontece. O problema vem à tona quando a pessoa divide o quarto ou a cama com outro

“O ronco é um distúrbio do sono compartilhado que não afeta somente quem o apresenta, mas todas a pessoas com quem convive. Outro problema da pessoa que divide a cama com o roncador é ocorrência de pausas respiratórias associadas ao ronco, trazendo preocupação e medo”, diz Pinheiro

A dificuldade para iniciar o sono e também os possíveis despertares frequentes durante a noite em função da intensidade do ronco impactam o momento de descanso, representando um alerta. “A privação do sono pode ocasionar alguns problemas de saúde, como hipertensão, aumento de peso, perda de memória e até diabetes. Além disso, no curto prazo, acaba interferindo na disposição e humor”, comenta a neurologista Mirella Fazzito, da Clínica Araújo & Fazzito

 

O que o seu parceiro pode fazer

Sempre é necessário buscar avaliação médica em caso de ronco, pois há relação com uma doença séria chamada apneia obstrutiva do sono. Esse distúrbio respiratório é caracterizado pelo breve, mas frequente bloqueio das vias respiratórias, que provoca interrupções da respiração totais (apneias) ou parciais (hipopneias) durante o sono

Mas alguns fatores podem ajudar a diminuir a sua intensidade —o que não exclui a necessidade de ajuda profissional.

Veja algumas dicas:

 

Mudar a posição de dormir

O ronco é comum quando alguém se deita de barriga para cima e, às vezes, pode até ser resolvido simplesmente passando a dormir de lado e com a cabeça elevada

 

Realizar lavagem nasal

A congestão nasal pode fazer com que a pessoa respire pela boca e, consequentemente, ronque. Nesse sentido, fazer a lavagem do nariz com soro fisiológico no período da noite pode ser de grande valia

 

Mudanças no estilo de vida

Perder peso (em caso de pacientes obesos), parar de fumar, realizar tratamentos para alergias e doenças respiratórias (se for essa a causa associada ao ronco), praticar atividades físicas diariamente, manter a pressão arterial sob controle e realizar exercícios que fortalecem a estrutura da garganta são medidas recomendadas.

 

Outras estratégias de higiene do sono também podem ser úteis:

à noite, procure comer somente alimentos de fácil digestão e não exagere nas quantidades;

evite tomar café, chás com cafeína (como chá-preto e chá-mate) e refrigerantes derivados da cola, pois todos são estimulantes;

evite dormir com a TV ligada;

procure usar colchões confortáveis e silenciosos;

tire da cabeceira o telefone celular e relógios;

evite que o quarto seja excessivamente iluminado, abafado, quente, frio ou que, de alguma forma, não induza ao sono

 

O que você pode fazer


Ouvir o ruído branco

O ruído branco é um som de fundo no qual existem todos os níveis de frequências (alto, médio e baixo), estão uniformemente distribuídos e soam no mesmo volume, sem quedas. Há diversos aplicativos que o reproduzem e pode ser um bom aliado na tentativa de abafar o ronco.

Usar protetores de ouvido

Os protetores auriculares são uma solução comum utilizada para aliviar o barulho. Há uma ampla variedade de modelos e tipos (silicone, espuma) e você pode escolher o que melhor se adapta. Outra opção é utilizar fones com cancelamento de ruído

 

Ir dormir antes de seu parceiro

Embora não tenha sido estudado, é possível que alguém que está em um estágio mais profundo do sono não seja acordado tão facilmente por barulhos como o ronco. Experimente adormecer antes que a pessoa que ronca vá para a cama

Dormir em quartos separados é uma opção?
De acordo com Pinheiro, a decisão de dormir em quartos separados deve ter várias motivações, mas o ronco não deveria ser uma delas. “Roncar tem tratamento e pode ter consequências sérias para a saúde —tanto para quem ronca quando para quem convive. Entretanto, se o parceiro não aceita buscar ajuda médica, dormir em outro quarto pode ser uma estratégia para que pelo menos a pessoa que não ronca tenha melhor qualidade de sono”, diz.

Fontes: Francisco Hora Fontes, formado em Medicina pela UFBA (Universidade Federal da Bahia) e coordenador do Laboratório do Sono do Hospital Português da Bahia; George do Lago Pinheiro, otorrinolaringologista e membro da Associação Brasileira do Sono; Mirella Fazzito, formada em Medicina pela Unitau (Universidade de Taubaté), com residência médica em neurologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

Entrevista em 17/01/24

Você já ouviu falar que o celular pode provocar tumores cerebrais? Saiba se isso é mito ou verdade!

POR JULIANY RODRIGUES

ATUALIZADO EM 17 JAN 2024, 18H05 –

PUBLICADO EM 16 JAN 2024, 15H45

celular pode causar câncer no cérebro

Em 2018, cientistas dos Estados Unidos publicaram um artigo em que diziam ter evidências de que a radiação dos celulares poderia causar um tipo específico de câncer na cabeça,

porém, as informações foram baseadas em testes feitos apenas em ratos.

“Os telefones celulares emitem radiação eletromagnética de radiofrequência (RF), que é uma forma de radiação não ionizante, ou seja, sua energia é insuficiente para ionizar átomos ou moléculas.

 Alguns estudos epidemiológicos sugeriram uma possível associação entre o uso de celulares por longos períodos e um risco ligeiramente aumentado de tumores cerebrais,

porém, não há comprovação científica quanto a isso”, explica o Dr. Antônio Araújo, neurocirurgião da Clínica Araújo e Fazzito e do corpo clínico do Hospital Sírio Libanês.

De acordo com o médico, todos os dispositivos utilizados atualmente emitem uma radiação por meio de radiofrequências do espectro eletromagnético, e os aparelhos ainda mais atuais emitem ondas mais

fortes. “Mas, mesmo assim, são insuficientes para ocasionar qualquer tipo de alteração capaz de desenvolver câncer“, completa.

Entrevista em 06/11/23

Segundo a Organização Mundial da Saúde, oito em cada 10 pessoas em todo o mundo já tiveram, têm ou podem vir a ter esse doloroso problema

icone relogio 06/11/2023 04:00

 

Neurocirurgião informa os cuidados que se deve ter para prevenir problemas na coluna -  (crédito: FREEPIK/Divulgação)

Neurocirurgião informa os cuidados que se deve ter para prevenir problemas na coluna

crédito: FREEPIK/Divulgação

Doença mais reclamada nos últimos tempos é a dor nas costas, que aparece em ocupado ou não. No geral, a dor é confundida com a hérnia de disco, uma lesão que ocorre, na maioria das vezes, na região da lombar. É uma condição que pode provocar dores nas costas e alterações de sensibilidade em outras partes do corpo. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), trata-se de uma doença comum, já que oito em cada 10 pessoas em todo o mundo já tiveram, têm ou podem vir a ter esse doloroso problema.

“Estamos falando de uma condição em que o material gelatinoso que se encontra no interior de um dos discos invertebrais da coluna vertebral se desloca para fora da posição normal, comprimindo os nervos adjacentes”, explica Antônio Araújo, neurocirurgião do hospital Sírio Libanês.

De acordo com o especialista, isso leva a sintomas como dor intensa, formigamento, dormência e fraqueza em diferentes partes do corpo, dependendo da localização da hérnia. Vale lembrar que a hérnia de disco, além das dores e sensibilidade, ainda pode, em alguns casos, causar dificuldade de locomoção e até mesmo incontinência urinária e fecal. Por isso, é importante sempre procurar um médico e não se automedicar.

Segundo o neurocirurgião, quando uma pessoa procura um médico com queixas de dores no pescoço ou coluna, existem algumas preocupações: este paciente tem assimetria facial ou postural, déficits de movimento ou fraqueza muscular? Qual o comportamento dessa pessoa? Ela tem características de ansiedade ou estresse? “Todos esses fatores contribuem para o surgimento de dores na coluna cervical e até mesmo de hérnia de disco”, comenta ele.

Apesar de ajudarem, exames de imagens, como raio-X, tomografia e ressonância não são decisivos para a tomada de conduta do médico. “Esses exames são importantes para verificar o tamanho e o local da lesão, ou seja, servem como complemento”, explica. O exame clínico, no entanto, é o mais importante.

Saber sobre a dor do paciente, procurar saber o que ele faz durante o dia, se levanta peso, como trabalha, entre outras coisas. Caso seja confirmado que aquela dor incômoda no pescoço e na coluna seja uma hérnia de disco, a conduta do médico vai variar caso a caso. De acordo com o dr. Araújo, a doença costuma responder bem ao tratamento conservador. “Isso significa repouso, analgésicos e antiinflamatórios, além de fisioterapia e acupuntura em alguns casos”, explica.

 

A porcentagem de pessoas que necessitam de cirurgia nesses casos é muito pequena, a grande maioria das hérnias são resolvidas de formas menos agressivas. “Como qualquer cirurgia, esse procedimento gera riscos e por isso ela é realizada apenas em casos em que realmente exista a necessidade”, explica o especialista.

É sempre importante procurar um médico para que o diagnóstico seja feito corretamente, prezando pela saúde do paciente, causando menos riscos possíveis e, é claro, resolvendo o problema de maneira eficaz.

Alguns fatores contribuem para o surgimento das hérnias, entre eles o sobrepeso, má postura, hábitos pouco saudáveis, como cigarro e álcool e genética, ou seja, em muitos casos, é possível evitar.

“Manter uma alimentação saudável junto com a prática de exercícios físicos já é um grande passo para a prevenção, mas é importante realizar esses exercícios com um acompanhamento profissional para que seja feito de forma correta e não acarrete outras lesões”, comenta o especialista. Além disso, o neurocirurgião frisa a importância de evitar cigarro e bebida alcoólica.

“Esses hábitos são ainda mais importantes quando a pessoa tem histórico familiar, já que as chances de desenvolver uma hérnia acabam sendo maiores”, finaliza o dr. Araújo.

 

veja reportagem completa>>>

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Entrevista em 26/10/23

 

Apresentador tem 44 anos

Apresentador tem 44 anos

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM/@DANILOGENTILI

Danilo Gentili revelou, na noite desta quarta-feira (25), que foi diagnosticado com autismo. Segundo o apresentador, ele recebeu a notícia há pouco mais de um ano. A declaração aconteceu durante a mais recente edição de seu programa noturno, enquanto entrevistava a jornalista, humorista e podcaster Amanda Ramalho, que também está dentro do espectro autista, com um podcast sobre a vida com o diagnóstico.

Durante a conversa, a jornalista comentava seu diagnóstico tardio, que recebeu recentemente, quando Gentili contou que também havia recebido a mesma notícia. “Sabia que eu também fui [diagnosticado]? Tem um ano e pouco, e eu fiz teste e me diagnosticaram com nível de espectro autista”, revelou.

O apresentador então disse que optou por não realizar mais testes para entender como o transtorno o afetava. “Me falaram que eu precisaria fazer outros exames de acompanhamento para ver qual era o nível, mas eu não quis […] Se eu sou autista, não quero saber, já sou assim e já era”, declarou.

Enquanto Amanda expunha algumas de suas características, Danilo comentou que dividia algumas delas com a jornalista. “É pesado tentar ter a vida social que precisa ter”, desabafou ele sobre sua socialização. Amanda, desconfiada, o questionou: “Você está ironizando?”. E o entrevistador confirmou estar falando sério sobre o assunto.

Thiago Robles Juhas, neuropsicólogo na Clínica Araújo & Fazzito, explica que o transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio neurológico que afeta o desenvolvimento cerebral e atinge indivíduos no nascimento ou nos primeiros anos de vida.

“As causas exatas do autismo ainda não são totalmente compreendidas, mas há uma grande variedade de fatores de risco inespecíficos. Os principais são: idade parental avançada, baixo peso ao nascer ou exposição fetal a ácido valproico (uso durante a gestação)”, declara.

Robles conta que o transtorno afeta a interação social, a comunicação e o comportamento do paciente. “Embora os sintomas possam variar amplamente entre os indivíduos, alguns sinais comuns observados em adultos são: dificuldade na interação social, comunicação atípica, interesses restritos ou fixação, sensibilidades sensoriais, dificuldades na mudança de rotina, hipersensibilidade ou hipossensibilidade emocional e habilidades motoras diferentes”, explica.

O psicólogo Alexandre Bez completa ao afirmar que o diagnóstico seguido de tratamento é essencial, podendo facilitar a vida do paciente e de familiares. “Quanto mais cedo se descobre a condição neurológica, mais cedo se começam o tratamento e o acompanhamento; com isso, o paciente pode ter uma qualidade de vida melhor em diversos aspectos”, diz.

veja entrevista na integra>>>>

Entrevista em 02/10/23

Doenças neurológicas em idosos estão entre principais causas de mortes

 

Com o aumento da expectativa de vida, doenças que mais afetam pessoas acima de 60 anos também aumentaram; Dra. Mirella Fazzito, médica neurologista da Clínica Araújo & Fazzito, comenta

Doenças neurológicas em idosos estão entre principais causas de mortes
 

Segundo a Dra. Mirella Fazzito, médica neurologista da Clínica Aráujo & Fazzito, é inevitável que determinados problemas de saúde apareçam no idoso, já que estamos falando de um público com a saúde fragilizada. “Muitas doenças, sejam elas neurológicas ou não, ocorrem com maior incidência em pessoas com mais de 65 anos. Além disso, a idade pode ser um grande obstáculo para recuperação ou tratamento do problema em si”, comenta a especialista.

AVC (Acidente Vascular Cerebral)

Uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo, o AVC ocorre quando vasos que levam sangue ao cérebro entope ou se rompem, provocando uma lesão na área cerebral irrigada por esses vasos “Quando a obstrução ocorre, o cérebro da pessoa fica sem receber sangue e oxigenação adequadas, necessitando de atendimento médico imediatamente”, comenta a Dra. Mirella.

“Existem alguns tipos de AVC, sendo eles AVC isquêmico, o AVC hemorrágico e o Ataque isquêmico transitório (AIT) mas é importante deixar claro que todos eles necessitam atendimento de emergência e podem ser extremamente graves”, complementa a neurologista.

A doença, que tem como sintomas perda de força unilateral, distúrbio de linguagem, alteração de sensibilidade entre outros, pode ser causada por diversos fatores. “Um estilo de vida pouco saudável, com má alimentação, sedentarismo, uso de drogas e tabagismo são fatores que contribuem para o AVC. Mas existem também os problemas de saúde típicos de idosos que aumentam os riscos, como altas taxas de colesterol, diabetes, pressão alta e doenças cardíacas”, aponta a Dra.

Alzheimer

O Alzheimer é uma doença muito associada à idade avançada, até porque são raros os casos que ocorrem antes dos 60 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 1,2 milhão de pessoas no Brasil convivem com essa condição, objeto de intensa pesquisa e atenção de especialistas, tendo em vista sua prevalência e impacto na qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares.

“O paciente com Alzheimer tem um acúmulo anormal de proteínas (beta-amiloide e tau) no cérebro, formando placas neurofibrilares que interferem no funcionamento das células cerebrais, e consequentemente levam à sua morte”, comenta a Dra. Mirella. Como resultado, as áreas do cérebro responsáveis pela memória, raciocínio, organização, pensamento e comportamento podem ser afetadas.

Sabe-se que a causa exata da doença é desconhecida e, segundo a especialista, existem vários fatores envolvidos. “Com o envelhecimento da população e aumento na expectativa de vida, vem se observando um aumento no número de casos. Consequentemente tem se buscado estudar cada vez mais a doença, sua fisiopatogenia, e assim buscar tratamentos mais eficazes e que garantam mais qualidade de vida aos pacientes”, comenta.

Mal de Parkinson

O Parkinson é uma doença que afeta os movimentos da pessoa e, assim como o Alzheimer, não tem cura. A condição, segundo a especialista, pode causar tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio e até mesmo dores que podem variar de intensidade. “Essa doença é causada pela degeneração das células situadas em uma região do cérebro chamada ‘substância negra’, que produz o neurotransmissor dopamina, essencial para o controle motor”, comenta.

A estimativa é de que 200 mil pessoas vivam com Parkinson no Brasil, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), ou seja, número bem inferior ao de pacientes com Alzheimer.

Demência

Existem vários tipos de demência, incluindo o Alzheimer, alguns mais graves do que os outros, mas independentemente da causa, trata-se de uma condição que aumentou muito nos últimos anos. Em 2016, foi a 8ª causa de morte no país, ficando atrás de Diabetes mellitus, acidentes de trânsito, violência, entre outros. Atualmente, já é a terceira maior causa de morte no Brasil, atrás apenas de doença isquêmica do coração e do próprio AVC.

“A demência é o termo que se usa para definir um declínio nas habilidades mentais dos indivíduos. Pode iniciar como um déficit cognitivo leve que vai progredindo no decorrer dos anos. A partir dos 70 anos o cérebro já sofre alterações decorrentes da idade, mas alguns pacientes apresentam maior atrofia cerebral e consequente declínio em suas habilidades cognitivas. Com o avanço da doença em determinados casos, a pessoa vai perdendo a memória, pode ter alterações na linguagem e maior dificuldade no raciocínio e aprendizado”, explica a Dra. “É importante ressaltar que nem toda demência é Alzheimer, apesar de muitas pessoas confundirem”, finaliza.

Entrevista em 20/09/23

“SOBRECARGA DIGITAL”
E “INTOXICAÇAO DIGITAL”

O estudo de Spitzer guiou outras
pesquisas e atualmente o termo já ganha
derivados, como “sobrecarga digital” ou
“intoxicação digital”. Conforme o psiquiatra
Bráulio Brandão Rodrigues, a condição
não é classificada como doença.

“(A demência digital) É um estado onde a
pessoa se sente sobrecarregada e com
dificuldade de lidar com o excesso de
informações ou a quantidade excessiva
de estímulos quando expostas ao meio
digital”, explica o especialista.

A condição também pode afetar

a memória. De acordo com Antônio
Araújo, neurocirurgião que atua

no Hospital Sírio-Libanês (SP)

os aparelhos digitais aceleram

o processo de perda de neurônios.

 

Esta declaração do Dr Antônio Araújo foi uma contribuição para matéria do site O Pavo.com.br

 

Veja na íntegra__>>>

 

 

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Entrevista em 19/09/23

Neurocirurgião comenta sobre perigo dos mergulhos em água rasa, que é a segunda maior causa de lesão da medula espinhal, e a importância da conscientização

 

O mergulho em água rasa pode representar riscos significativos

O mergulho em água rasa pode representar riscos significativos

Reprodução/Instagram

Nesta segunda-feira (18), o dentista conhecido por atender famosos como Jade Picon e Neymar, Rafael Puglisi, de 35 anos, morreu ao bater a cabeça durante mergulho. De acordo com o atestado de óbito, o rapaz teve um traumatismo cranioencefálico.

O neurocirurgião da Clínica Araújo & Fazzito e do corpo clínico do Hospital Sírio Libanês, Antônio Araújo, comenta que, em época de calor excessivo, uma preocupação da saúde pública é sobre os riscos do mergulho em água rasa. “No verão, em especial, o mergulho em água rasa responde pela segunda causa de lesão da medula espinhal, ficando atrás apenas dos acidentes automobilísticos”, comenta o profissional.

O mergulho em água rasa pode representar riscos significativos para uma pessoa. Segundo o neurologista, a prática pode resultar em lesões graves na medula espinhal, fraturas ósseas, lesões na cabeça e até mesmo na coluna vertebral. “Existem vários fatores que contribuem para os riscos do mergulho em água rasa. A principal é a falta de profundidade suficiente para amortecer adequadamente o impacto do corpo com o fundo ou com objetos presentes na água, como rochas ou detritos submersos”.

Nesse caso, existe o impacto da cabeça contra o fundo da água, causando uma lesão por flexão ou extensão excessiva da coluna cervical, resultando em escorregamentos das vértebras cervicais, conhecidas como fraturas luxações da coluna cervical, e com potencial de compressão medular.
 


Leia: Documento revela que dentista dos famosos pode ter cometido suicídio

“Quando ocorre compressão medular cervical, existe uma perda imediata da mobilidade e da sensibilidade dos braços e das pernas, por um quadro conhecido como choque medular. Muitas vezes, essas vítimas precisam ser imediatamente carregadas para fora da água, senão correm um sério risco de afogamento”, explica. Deve-se ressaltar que, uma vez fora da água, é importante não mobilizar as vítimas, sob pena de piora.

O especialista comenta que outra preocupação é se a vítima está respirando. “Se a compressão medular ocorrer em níveis mais altos da coluna cervical, pode resultar em parada respiratória por comprometimento do nervo frênico, que responde pela mobilidade do diafragma durante a respiração”.

A conscientização sobre os riscos do mergulho em água rasa é fundamental para garantir a segurança dos praticantes de esportes aquáticos. “Nunca mergulhe de cabeça, mesmo que você saiba da profundidade da água, não ingira bebida alcoólica antes de mergulhar, pois isso aumenta os riscos de lesão, não mergulhe em águas turvas e nunca empurre ou jogue outras pessoas dentro da água”, aponta o médico.

Link da Reportagem no  “Estado de Minas”>>>

 

Entrevista em 11/09/23

Durante o mês de setembro acontece a campanha de prevenção ao suicídio, uma triste realidade que afeta muitas pessoas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados anualmente mais de 700 mil casos de suicídios em todo o mundo – cerca de 14 mil no Brasil.

Suicídio pode ser causado por doenças tratáveis; saiba onde buscar ajuda

Suicídio pode ser causado por doenças tratáveis; saiba onde buscar ajuda
13:30 – 11/09/2023

As doenças neurológicas, como distúrbios do sono, perda de memória e dores de cabeça, frequentemente diagnosticadas em pacientes, podem apresentar um impacto significativo na saúde mental e emocional dessas pessoas. “Em muitos casos, essas condições estão relacionadas a doenças degenerativas que alteram a qualidade de vida dos pacientes e podem levar ao desenvolvimento de quadros depressivos e psiquiátricos”, explica o médico neurocirurgião da Clínica Araújo & Fazzito e do Corpo Clínico do Hospital Sírio-Libanês, Antônio Araújo.

 

A relação entre doenças neurológicas e o aumento dos riscos de ideação suicida ou até mesmo de suicídio é uma preocupação importante. “A deterioração da saúde física associada a sintomas incapacitantes pode resultar em um ciclo negativo de desesperança e isolamento, influenciando negativamente o estado mental do indivíduo”, diz Araújo.

É importante que os pacientes que possuem quadros preocupantes tenham acompanhamento e ajuda de profissionais. O suicídio é uma fatalidade que afeta grande parte da população brasileira, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia. A campanha Setembro Amarelo é fundamental para alertar e conscientizar famílias e amigos sobre a importância do apoio neste momento de vulnerabilidade, e para reduzir a estigmatização da doença mental.

Leia: Crise de abstinência ao café: descubra se você sofre desse mal

“Embora os neurologistas não sejam especialistas em questões emocionais – geralmente precisamos da ajuda de psiquiatras e psicólogos – o apoio e o tratamento neurológico desempenham um papel crucial na promoção de uma maior qualidade de vida e na redução do risco de desenvolvimento de quadros depressivos em pacientes com doenças neurológicas.”

Setembro Amarelo

A campanha que teve início em 2015 e busca educar as pessoas sobre o suicídio e promover a prevenção, foi organizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM). O mês de setembro foi escolhido para sensibilizar a população sobre a importância da saúde mental, pois desde 2003, o dia 10 deste mês, é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Neste ano de 2023, o lema da campanha é “Se precisar, peça ajuda!”, disque 188.

Link da Reportagem no O Estado de Minas   >>>

Entrevista em 21/07/23

Assim como qualquer alteração física no corpo, é importante sempre prestar atenção nos sintomas e em como eles se manifese Minas

postado em 21/07/2023 16:07
 

 Quando a dor de cabeça é preocupante? Neurocirurgião faz alerta - (crédito: EM Saude)

Quando a dor de cabeça é preocupante? Neurocirurgião faz alerta – (crédito: EM Saude)

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleia, a dor de cabeça atinge cerca de 140 milhões de brasileiros, sendo considerada uma das doenças mais incapacitantes no Brasil e no mundo. Relativamente comuns, as causas são várias, como sono irregular, estresse, exposição a ruídos altos, entre tanto outros. E assim como qualquer alteração física no corpo, é importante sempre prestar atenção nos sintomas e em como eles se manifestam.

De acordo com estudo recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), a dor de cabeça é o problema de saúde mais comum no mundo. “Normalmente, as dores de cabeça são benignas e desaparecem por sozinhas ou com medidas simples, como repouso e analgésicos, mas é sempre importante ficar atento, pois em alguns casos, uma dor de cabeça pode ser um sintoma de um problema que exige uma opinião médica”, destaca Antônio Araújo, neurocirurgião da Clínica Araújo & Fazzito.

Mas afinal, como saber se a dor de cabeça deixou de ser “comum” e passou a merecer atenção maior?

Neurocirurgião chama a atenção para cinco situações em que o sintoma de dor de cabeça tem de ser informado ao médico:

1 – Intensidade

Um sinal de alerta para a sua dor tem a ver com a intensidade, de acordo com o neurocirurgião: “Quando o incômodo for muito forte, ou vai ficando forte ao longo do dia, é preciso ficar atento, pois as dores súbitas podem indicar condições graves, como hemorragias, meningite ou AVC. Além disso, essas dores podem indicar ainda mais gravidade se acompanhadas de outros sintomas”, explica o médico.

2 – Alteração na visão

A alteração na visão é um sintoma que pode acompanhar a dor de cabeça tanto em casos menos graves, como problemas oculares graves: “Só um especialista poderá diagnosticar a dor de cabeça, mas quando ela vem acompanhada de alteração na visão, é recomendável procurar um médico”, comenta o neurocirurgião.

3 – Persistência

Qualquer dor ou sintoma que apareça deve ser investigado quando se torna persistente e com a dor de cabeça não é diferente, não só pela possibilidade de se tratar de alguma condição grave, mas porque pode atrapalhar a qualidade de vida e as atividades diárias: “Uma dor persistente ou que aparece com frequência pode indicar casos crônicos de enxaqueca e cefaleias, por exemplo. Com um tratamento adequado, essas pessoas podem viver com uma boa qualidade de vida”, avisa  Antônio Araújo. 

4 – Dor alternada

As dores alternadas também merecem uma atenção especial. Segundo  Antônio Araújo, se sua dor muda de local, intensidade, frequência ou qualquer outra característica, isso pode indicar um problema subjacente: “Nesse caso, é importante procurar ajuda para descartar que a causa seja algo mais grave”.

5 – Piora com atividades físicas

O agravamento da dor de cabeça com atividades físicas, como musculação, corrida, ou outros esforços físicos, caso se torne frequente, pode indicar problemas que vão além de doenças neurológicas: “Nesse caso, é necessário investigar problemas vasculares, neurológicos, entre outros”, alerta o médico.

Entrevista em 15/06/23

Doença grave é transmitida por carrapatos e pode colocar a saúde em risco

  • Por EdiCase
  •  
  • 15/06/2023 16h15
 
Febre maculosa geralmente se manifesta com um quadro febril agudoFebre maculosa geralmente se manifesta com um quadro febril agudo Imagem: Anna Tryhub | Shutterstock

A febre maculosa é uma doença grave transmitida por carrapatos da espécie Amblyomma cajennense. Ela geralmente se manifesta com um quadro febril agudo, mas tem a capacidade de mimetizar doenças neurológicas, dificultando o diagnóstico.

Principais sintomas da febre maculosa

O Dr. Antônio Araújo, neurocirurgião da clínica Araújo & Fazzito e do Corpo Clínico do Hospital Sírio-Libanês, explica que, além da febre, os pacientes podem apresentar outros sintomas. Pode-se citar dores musculares, dor no estômago, náuseas e vômitos, fortes dores de cabeça, hiper-sensibilidade à luz, falta de apetite e rash cutâneo (manchas avermelhadas), que geralmente se inicia em punhos e tornozelos.

Importância do diagnóstico e tratamento adequado

O neurocirurgião também ressalta a importância de a população ficar em alerta e buscar atendimento especializado para obter um diagnóstico preciso. “Não podemos subestimar os sintomas da febre maculosa, especialmente quando se assemelham a condições neurológicas. A pronta identificação e o tratamento adequado podem salvar vidas. No agravamento do quadro, ainda podemos ter confusão mental, paralisia das pernas, perda do controle dos esfíncteres (bexiga e intestinal) e alteração da fala”, enfatiza o Dr. Antônio Araújo.

 
Ao identificar qualquer sintoma é importante buscar por auxílio médico(Imagem: Ground Picture | Shutterstock)

Conscientização como forma de combate à doença

Visando conter o avanço da doença e evitar mais vítimas, é fundamental que a sociedade esteja informada e consciente sobre a febre maculosa. “A prevenção, a busca por atendimento médico e a adoção de medidas de controle de carrapatos são medidas essenciais para enfrentar esse desafio de saúde pública”, afirma o médico.

Prevenindo a febre maculosa

Para prevenir essa doença, em primeiro lugar, é importante evitar áreas infestadas por carrapatos, como matas densas e gramados altos. Caso seja necessário frequentar esses locais, é recomendado usar roupas de manga longa, calças compridas e sapatos fechados, de forma a minimizar o contato direto da pele com esses aracnídeos. Além disso, é essencial aplicar repelentes de insetos, especialmente aqueles com eficácia contra carrapatos, nas áreas expostas do corpo.

Outra medida importante é realizar a verificação cuidadosa do corpo após passar tempo ao ar livre. Inspecione minuciosamente todas as partes em busca de carrapatos, incluindo áreas de difícil acesso, como axilas, virilha, couro cabeludo e atrás das orelhas. Caso seja encontrado algum carrapato, ele deve ser removido corretamente com uma pinça, segurando-o pela cabeça e removendo-o com cuidado, de forma a evitar esmagá-lo e liberar a bactéria.

É fundamental também proteger os animais de estimação, pois eles podem trazer esses aracnídeos para dentro de casa. Por isso, utilizar produtos repelentes específicos para animais e verificar regularmente a presença de carrapatos em seus pelos são medidas importantes para prevenir a transmissão da doença para os seres humanos.

Por Beatriz Bradley

Entrevista em 14/06/23

Ana Martins/ Redação RedeTV!

A semelhança dos sintomas pode causar diagnóstico tardio, agravando o estado de saúde do paciente

(Foto: Pixabay)

Nos últimos dias, os casos de mortes causadas pela febre maculosa criou um alerta sobre a doença transmitida pelo carrapato-estrela. 

Os casos confirmados foram de pessoas que estiveram em uma festa com cerca de 3 mil pessoas em Campinas, interior de São Paulo. Nesta quarta-feira (14), Marcelo Borges, marido de Evelyn Karoline Santos, uma das vítimas da doença, contou ao Metrópoles, que a jovem procurou ajuda medica, mas foi tratada como dengue. “Trataram como dengue e mandaram para casa. Não foi investigado a fundo.”

Especialistas esclarecem que o principal problema enfrentado para tratar a doença é a semelhança dos sintomas da febre maculosa com outras doenças. De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sintomas são: 

– Febre;

– Dor de cabeça intensa;

– Náuseas e vômitos;

– Diarreia e dor abdominal;

– Dor muscular constante;

– Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés;

–  Necrose nos dedos e orelhas;

– Paralisia dos membros.

infectologista Silvio Bertini alerta para a dificuldade no diagnóstico. “O diagnóstico é muito difícil, pois nos primeiros dias de sintomas ele pode sugerir outras doenças, como dengue, leptospirose, malária, hepatite viral e pneumonias.”

Para o infectologista e professor do curso de Medicina da Universidade Cidade de S. Paulo – Unicid, Alexandre Piva, a semelhança dos sintomas em relação a outras doenças é o principal desafio. “Este é o principal desafio para identificá-la precocemente e iniciar a antibioticoterapia, pois não se pode esperar o resultado de exames para início do tratamento. Por isso a importância de relatar ao médico se a pessoa esteve em área rural e/ou se foi picada por carrapato.”

Além dos sintomas comuns, a febre maculosa pode causar manifestações neurológicas. Segundo o neurologista Antônio Araújo, pois a bactéria responsável pela doença infecta o organismo, incluindo o cérebro. “A encefalite por febre maculosa pode se manifestar por confusão mental, desequilíbrios, perda da força em um lado do corpo ou mesmo alterações de fala. Quando não tratada, a encefalite pode evoluir para estados de coma ou mesmo o óbito. Outro quadro neurológico que pode ocorrer pela presença da bactéria nos vasos sanguíneos do cérebro é a obstrução destes vasos, causando acidente vascular cerebral isquêmico, ou mesmo o extravasamento de sangue para o cérebro, causando hemorragias cerebrais.”

Com essa dificuldade no diagnóstico, a doença acaba tendo uma grande letalidade, sendo considerada a característica epidemiológica. Bertini alega que “tem uma taxa de letalidade muito variável, na forma grave chega a uma letalidade muito alta, de 70% a 80% de óbitos”. 

Alexandre Piva esclarece que a transmissão da doença não ocorre entre humanos. “A transmissão ocorre preferencialmente pela picada do carrapato-estrela contaminado pela bactéria do gênero Rickettsia, não há contaminação entre humanos”, informa o infectologista.

Os especialistas informam que a melhor forma de evitar contrair a doença é evitar locais com possíveis infestações e verificar se os animais de estimação estão sem carrapatos. Veja outras dicas de prevenção: 

– Usar calças, blusas de manga comprida e se possível botas ao adentrar áreas silvestres, arborizadas e gramadas.

– Preferir roupas claras para identificar o carrapato por ele ser escuro.

– Evitar caminhar por locais com vegetação ou grama alta.

– Se encontrar um carrapato junto ao corpo, removê-lo preferencialmente com uma pinça, evite esmagá-lo e lave a mordida com água e sabão ou álcool. Quanto menos tempo o carrapato ficar aderido à pele, menor o risco de transmissão da doença.

– Usar repelente de insetos.

Veja a matéria completa    

 


 

 

Entrevista em 06/06/23

Hérnia de disco: confira mitos e verdades da condição que afeta 8 em cada 10 pessoas no mundo

Doença ocorre quando o disco da coluna sai de sua posição normal, gerando desconforto, segundo o neurocirurgião Dr. Antônio Araújo, 

Publicado em 06/06/2023, às 09h00

Hérnia de disco é um problema mais comum do que se imagina. - FreePik

Com certeza você já ouviu falar sobre a hérnia de disco, condição que ocorre quando um disco intervertebral – que serve como um amortecedor entre as vértebras – sai de sua posição normal e comprime as raízes nervosas, que são ramificadas a partir da medula espinhal.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), oito em cada dez pessoas no mundo já tiveram, têm ou podem futuramente sofrer com essa condição. “O diagnóstico da hérnia de disco pode ser feito considerando os sintomas, o exame neurológico e o resultado de exames complementares, tais como ressonância magnética e raio-x”, comenta o neurocirurgião Antônio Araújo, da Clínica Araújo & Fazzito e do Corpo Clínico do Hospital Sírio-Libanês.

Assim como muitas condições que envolvem a saúde, as pessoas ainda têm dúvidas a respeito da hérnia de disco. Exatamente por isso, AnaMaria Digital pediu para o especialista responder sobre alguns mitos e verdades do problema. Confira!

 

Toda hérnia de disco necessita de cirurgia?

Mito! “Muito pelo contrário”, diz Araújo. Conforme o especialista, na grande maioria dos casos, a hérnia de disco pode melhorar sem a necessidade de intervenção cirúrgica, mas é algo que varia de caso a caso.

A cirurgia só é necessária em menos de 10% dos casos. Ainda assim, o primeiro objetivo é sempre evitar o procedimento, dando preferência aos tratamentos conservadores e com seguimento multidisciplinar fisiatra, neurologista, ortopedista, fisioterapeuta, preparador físico, etc.

“Hérnia de disco não tem cura”

Outro mito. Em grande parte dos casos, o paciente consegue se livrar da dor com tratamento conservador. Ou seja, com uso de analgésicos, anti-inflamatórios, repouso, e reabilitação, descartando a cirurgia.

“Como dito anteriormente, o tratamento conservador, quando possível, é a melhor opção. O disco intervertebral é um tecido vivo, quando se retira a carga excessiva sobre ele o disco se regenera e a hérnia reabsorve. Mesmo em casos mais dramáticos de hérnias de disco volumosas (chamadas “extrusas”) as chances de reabsorção giram em torno de 80%.”, comenta o neurocirurgião.

Alguns tipos de hérnia de disco podem ser assintomáticas?

Verdade! Engana-se quem sempre associa a hérnia de disco com dores fortes, conhecidas como “ciáticas”. Em alguns casos, a pessoa pode ter a presença da hérnia na ressonância magnética, mas sem nenhum sintoma. Nesse caso, não é necessário fazer nenhum tipo de tratamento, apenas seguimento radiológico.

A hérnia de disco pode atingir pessoas de todas as idades?

Sim! Apesar do senso comum de que a condição afete apenas a população idosa, elas afetam mais pessoas jovens do que os de mais idade. Isso porque, como as causas da hérnia envolvem falência da musculatura do tronco, má postura e exercícios físicos incorretos – hábitos mais comuns nos jovens, a população mais nova é a mais afetada.

“É importante que as pessoas saibam que as hérnias de disco são doenças de pessoas jovens, quando ainda apresentam uma grande mobilidade da coluna. O processo de envelhecimento cursa com um desgaste da coluna, levando a quadros de artrose e espondilose, onde “bicos de papagaios” acabam sendo a preocupação, e não mais as hérnias do disco.”, ressalta o médico.

A hérnia de disco está relacionada com sobrepeso?

Falso! A hérnia de disco não tem nenhuma relação com o peso corporal. Apesar do sobrepeso ser um dos fators de risco – tal como problemas posturais, quedas, tabagismo e sedentarismo, isso não significa que toda pessoa com sobrepeso vá desenvolver uma hérnia. “Na verdade, o sedentarismo acaba sendo o fator mais preocupante”, finaliza o Araújo.

Entrevista em 01/02/22

As investigações sobre as consequências da doença no cérebro, tem sido feitas abordando desde os efeitos analisados na fase aguda até as possíveis sequelas neurológicas, relatadas por cerca de 30% dos pacientes que se recuperaram.

Dores musculares, fadiga, falta de sono, depressão, dores de cabeça, confusão mental e dificuldades de memória, são alguns dos sintomas relatados por pessoas que se recuperaram da Covid-19. Boa parte dessas queixas pode ter um fundo neurológico.

O coronavírus pode causar danos no cérebro e no nervo periférico, direta ou indiretamente. Como, por exemplo, os trombos microscópicos e outros fatores que atrapalham a chegada de oxigênio, a invasão de células imunológicas na massa cinzenta e a famosa tempestade de substâncias inflamatórias.

Segundo o médico Neurocirurgião, Drº Antônio Araújo, o coronavírus tem atração pelo sistema nervoso. “Muitos pacientes contaminados tiveram manifestações neurológicas da Covid-19, como a síndrome de Guillain-Barré, encefalomielite disseminada aguda (ADEM), acidente vascular cerebral isquêmico (AVC), trombose venosa cerebral e crises epilépticas.” Afirma.

Ainda de acordo com o especialista, alguns vírus conseguem acometer áreas nobres do sistema nervoso central, geralmente através de duas rotas: avançando por um nervo do corpo ou pelo sangue. Ele comenta, ainda, que o Sars-CoV 2 pode causar comprometimentos neurológicos mais tardios.

É importante que se leve em consideração outros fatores como o tempo de internação do paciente, a necessidade de terapia intensiva e os medicamentos utilizados. Aqueles pacientes que ficaram internados por mais tempo têm mais chance de evoluir com a “síndrome da fadiga crônica”, também chamada de “encefalomielite miálgica”. Ela se caracteriza por exaustão física, mal-estar após exercício, insônia e dores recorrentes.

No caso da memória, cognição e falta de atenção, é importante ressaltar que a região cerebral do hipocampo é particularmente afetada pelo vírus. Essa área é a sede da memória e isso leva à hipótese de que, passada a pandemia, poderemos ter mais casos de doenças como o Alzheimer, por exemplo.

Mas, o especialista destaca que a ansiedade e o estresse podem acarretar as alterações descritas, principalmente insônia, perda de memória e cefaleia.

Dr. Antonio Araújo
Neurocirurgião do Hospital Sírio-Libanês – SP e da Clínica Araújo e Fazzito

Entrevista ao Site/Jornal  Gazeta Semanal 

Link da Entrevista

Entrevista em 15/08/22

Pescoço tecnológico: 5 passos para evitar dores e outros problemas

Mexer muito tempo no celular pode trazer problemas à saúde, especialmente para a região do pescoço. Veja como reduzir os danos em 5 passos

 

Você já ouviu falar em “tech neck”, ou “pescoço tecnológico” em português? Trata-se de uma enfermidade provocada pelo uso excessivo de celulares e smartphones.

Mas o que isso tem a ver com o pescoço? Basicamente, esse excesso pode causar surgimento de papada e rugas nessa região do corpo, além de outros danos. E, ao contrário do que se pode imaginar, o problema não afeta somente jovens, mas indivíduos de todas as faixas etárias.

De acordo com a YouGov, instituição de pesquisa do Reino Unido, 53% dos usuários de celulares se sentem ansiosos quando não podem usar seus smartphones. No mesmo estudo, mais da metade dos entrevistados respondeu que nunca desligam seus telefones. 

“O vício em tecnologia, que é bastante comum e vem crescendo, pode agravar ou até mesmo causar problemas na coluna cervical, gerando dores e outros malefícios. Afinal, a pessoa fica por longo período olhando para baixo, com uma postura inadequada”, explica o médico neurocirurgião Dr. Antônio Araújo.

Segundo ele, o hábito de ficar com a cabeça baixa, olhando para a tela do celular, acelera o processo de envelhecimento e, mais do que isso, acaba gerando problemas posturais a longo prazo. Pensando nisso, o especialista listou algumas dicas para evitar esse problema. Confira:

Ponha um limite de tempo para usar o celular

De acordo com o especialista, é importante colocar limite de tempo para usar o celular e, assim, minimizar os danos. “Como dito anteriormente, é muito problemático ficar muito tempo com a postura errada e se você tiver um limite de uso do smartphone, essa exposição ao que faz mal fica menor”, explica o dr. Araújo.

Hoje em dia, os próprios celulares podem ser programados para esse tipo de controle através de aplicativos ou da própria configuração do aparelho.

Fracione seu tempo

Em muitos casos não é possível minimizar o tempo de uso do celular, principalmente por conta do trabalho. Então, o ideal é fracionar esse tempo. Ou seja, quando você perceber que já está há muitas horas com a postura errada, levantar, dar uma caminhada, largar um pouco seu aparelho e arrumar sua posição.

“Fazendo isso, você fica menos tempo na postura errada, levanta, o que é muito bom para a circulação também, e retoma seu trabalho arrumando a posição novamente”, recomenda o médico.

Preste atenção na sua postura

Uma postura correta é fundamental para evitar problemas como o “pescoço tecnológico”. Por isso, o neurocirurgião indica sempre estar alerta à posição do pescoço e da coluna. “Isso é importante para treinar seu corpo para que ele esteja sempre na postura correta. Depois, isso passa a ser mais natural”, explica o especialista.

Pratique atividade física

Os exercícios físicos são essenciais para manter a saúde em dia. Mas, além disso, também são ótimos para evitar problemas posturais e, consequentemente, deformidades como a do pescoço tecnológico. 

“A prática de exercícios como musculação, pilates, entre outros, ‘ensinam’ o corpo a estar sempre com a postura correta. No entanto, é importante sempre ser acompanhado por um profissional”, ressalta Antônio.

Sentir dor não é normal! Procure um médico

“É sempre bom ressaltar que nenhuma dor é normal e costuma significar que alguma coisa está errada. Por isso, caso comece a sentir alguma dor, procure um médico para investigar a razão e já começar um tratamento”, recomenda o especialista.

Vale lembrar também que, quanto antes uma doença ou deformidade seja avaliada pelo especialista, mais fácil de curar. “O prognóstico costuma ser sempre melhor quando o problema é detectado e tratado de forma correta desde o início, por isso é preciso ficar atento”, finaliza.

Pescoço tecnológico: 5 passos para evitar dores e outros problemas -
Pescoço tecnológico: 5 passos para evitar dores e outros problemas –

Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

 

Link da entrevista

Entrevista em 30/05/23

Pixabay
Pixabay

Esta terça-feira, dia 30 de maio, é o Dia Mundial da Esclerose Múltipla. A data tem como objetivo conscientizar sobre a doença, que não tem cura, e destacar o tratamento e a necessidade de ampliação do atendimento aos pacientes.

Segundo a neurologista Mirella Fazzito, entrevistada pelo Jornal da Cultura nesta terça, a esclerose múltipla é uma doença autoimune que prejudica a bainha de mielina, uma espécie de capa que protege os neurônios.

Ela [esclerose] é uma doença do sistema nervoso central. Ela pode pegar qualquer região do nosso tronco encefálico, que liga o cérebro para a região da medula espinhal e a medula”, explica a doutora.

Leia Também: Investimento em saúde no Brasil cai e não acompanha demanda da população por atendimento

De acordo com a especialista, os sintomas variam entre alteração de sensibilidade, perda de força, alteração visual tontura.

A esclerose múltipla é subdiagnosticada e, muitas vezes, confundida com outras doenças. Ela atinge três milhões de pessoas no mundo, e aproximadamente 40 mil no Brasil. A maioria dos afetados são adultos jovens de 20 a 40 anos. A enfermidade também é predominante nas mulheres.

Diagnóstico

Mirella alerta que o diagnóstico da doença “não é simples”. Ela aconselha que jovens que nunca tiveram nenhum problema significativo, e notarem algum sintoma neurológico, a procurarem um neurologista.

Apesar da enfermidade não ter uma cura, a especialista afirma que atualmente há tratamentos que retardam o avanço dela.

Assista à entrevista na íntegra com a doutora Mirella Fazzito:

Link da entrevista

Entrevista em 15/08/22

Esclerose Múltipla: entenda o que é e quais os cuidados que previnem o avanço da doença

Entrevista realizada no dia 15/082022 para o site Viva Saude

Na esclerose múltipla, existem alguns pacientes que passam anos sem ter qualquer manifestação clínica e outros que já iniciam a doença de uma maneira mais agressiva e progressiva

Esclerose Múltipla: entenda o que é e quais os cuidados que previnem o avanço da doença – FREEPIK/ kjpargeter

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune, inflamatória, desmielinizante e crônica que acomete o Sistema Nervoso Central (cérebro e medula espinhal). Predominante em adultos jovens, sendo a faixa etária de maior incidência, em média, dos 20 aos 40 anos, essa é uma doença complexa que envolve diversos mecanismos fisiopatológicos, sendo, portanto, de causa multifatorial. No Brasil apresenta uma prevalência de cerca de 15:100.000 habitantes, sendo maior o acometimento de mulheres (cerca de 3 para cada homem).

É chamada de autoimune e desmielinizante, pois o sistema imune (de defesa) do paciente acaba reconhecendo a “capa” (bainha de mielina) do neurônio como um corpo estranho e manda células que a atacam e machucam. Isso acarreta a inflamação nessa bainha de mielina, e consequentemente as lesões que aparecem nos exames de imagem (ressonância magnética) dos pacientes acometidos.

“As lesões desmielinizantes levam a um quadro clínico bastante variável, com manifestações clínicas diversas, como, por exemplo, perda de força em um ou mais membros, vertigem (tontura), desequilíbrio, alteração visual, formigamentos (alteração da sensibilidade no corpo), que variam de acordo com a localização dessas lesões”, disse a neurologista Mirella Fazzito.

Esclerose Múltipla: como a doença avança?

Conforme ela, a evolução da doença, sintomas, gravidade e quantidade de sequelas não são uniformes e variam entre todos os pacientes. Mirella declarou que existem alguns pacientes que passam anos sem ter qualquer manifestação clínica e outros que já iniciam a doença de uma maneira mais agressiva e progressiva.

Essas manifestações clínicas ocorrem, em sua maioria, sob a forma de surtos, que se caracterizam por sintomas neurológicos objetivos, relatados pelo paciente e observados no exame neurológico clínico, com duração mínima de 24 horas. “Os sintomas são decorrentes dessa agressão à bainha de mielina no neurônio e sua consequente inflamação”, completou.

Diagnóstico

O diagnóstico da Esclerose Múltipla não é simples, sendo muito importante uma história clínica bem-feita, detalhada, um exame neurológico adequado além de exames complementares. Segundo a neurologista, é essencial que sejam descartadas outras doenças que possam mimetizar o quadro da EM, através dessa história clínica detalhada, do exame físico e dos exames complementares, como ressonância magnética cerebral e medular (exames de imagem) e coleta de líquido cefalorraquidiano, onde podemos verificar a presença de alguns marcadores da doença.

“Essa é uma doença crônica e sem cura até o momento, mas que pode ser controlada com o uso de medicamentos específicos, que agem no sistema imune do paciente, buscando a redução de lesões bem como o controle da taxa de surtos (sintomas)”, garantiu.

A doutora explicou também que existem outros medicamentos também que visam melhorar a qualidade de vida dos pacientes, agindo no controle dos sintomas associados, como, por exemplo, a fadiga (cansaço), dores, formigamentos. Mas é importante ressaltar a importância da terapia multidisciplinar nesses pacientes.

“A reabilitação motora, atividade física regular, fisioterapia, terapia ocupacional, entre outras, são extremamente eficazes na melhora da qualidade de vida e redução das sequelas e sintomas dos pacientes, bem como uma alimentação saudável e hábitos de vida saudáveis (evitar álcool, alimentos que aumentam atividade inflamatória corporal, tabagismo, uso de drogas). Além disso, um acompanhamento psicológico costuma ser imprescindível para que o paciente consiga conviver, da melhor maneira possível, com a sua doença”, mencionou.

“Com os cuidados médicos, medicamentos e terapias complementares os pacientes conseguem manter sua vida com qualidade. Não deixe de realizar seu acompanhamento e tratamento adequados. A Esclerose Múltipla não te controla, mas você pode controlá-la”, emendou.

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Sobre Doutora Mirella Fazzito

Mirella Fazzito é uma Neurologista na Empresa Araújo e Fazzito e membro do EM plus. Ela possui título de especialista pela Academia Brasileira de Neurologia, é Fellow em Neuroimunologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Neurologista do Hospital Sírio Libanês e Hospital BP Mirante, além de Neurologista do Hospital Estadual de Diadema.

Link da entrevista

Como aliviar a enxaqueca? Entenda os sintomas, primeiros sinais e como tratar

Segundo a OMS, é considerada a sexta maior doença incapacitante no mundo, afetando aproximadamente 15% da população global

 
 
 
Pessoa com dor de cabeça: cerca de 15% da população global sofre de enxaqueca (ONOKY - Eric Audras/Getty Images)

Pessoa com dor de cabeça: cerca de 15% da população global sofre de enxaqueca (ONOKY – Eric Audras/Getty Images)

 

enxaqueca, também conhecida como migrânea, é um dos tipos mais comuns de cefaleia (dor de cabeça). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerada a sexta maior doença incapacitante no mundo, afetando aproximadamente 15% da população global. No Brasil, estima-se que 31 milhões de pessoas sofram com essa condição, sendo a maioria delas entre os 25 e 45 anos.

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De acordo com a Dra. Mirella Fazzito, neurologista da Clínica Araújo & Fazzito, as mulheres são mais afetadas, representando cerca de três vezes mais casos do que os homens. A enxaqueca é uma doença crônica para a qual ainda não existe uma cura definitiva.

Primeiros sinais

O corpo costuma dar alguns sinais de uma possível crise de enxaqueca. “No episódio de enxaqueca o paciente pode ter alguns sintomas gerais antes de iniciar o quadro de dor, como irritação, alteração de humor, insônia, sonolência, entre outros. Posteriormente, a dor se inicia, podendo ser de forma leve e ir se intensificando ao longo das horas”, comenta a especialista.

 

Tipos de enxaqueca

Segundo a Dra. Mirella, existem diversos tipos de enxaqueca, com aura, sem aura, enxaqueca menstrual, enxaqueca vestibular, entre outras. “Todas são muito incômodas, caracterizadas, geralmente, por dores latejantes, de predomínio unilateral (hemicranianas). O sintoma pode durar até 72 horas, mas é possível minimizar seus efeitos e viver com mais qualidade”, explica.

 

Quais são os sintomas da enxaqueca?

As dores, tem intensidade variável, mas costumam aparecer de maneira bastante intensa. Elas se caracterizam por serem latejantes e pulsáteis, e costumam atrapalhar o dia do paciente.

“A dor é a principal e mais comum manifestação no quadro enxaquecoso e, geralmente, é acompanhada de outros sintomas como náuseas e vômitos, intolerância a som (fonofobia), luzes (fotofobia) e até mesmo cheiros fortes”, comenta a neurologista.

Em cerca de 15 a 20% dos casos, as pessoas podem apresentar alterações na visão como embaçamento, manchas escuras (escotomas) ou pontos luminosos, em zigue-zague, perda visual temporal (na lateral do olho), bem como, formigamentos no corpo e, mais raramente, perda de força.

Essas alterações visuais e sensitivas, são chamadas de aura, e geralmente precedem o início da dor. “Depois da dor, pode ocorrer a ‘ressaca’, quando o corpo está se recuperando da crise. Essa etapa é caracterizada por intolerância a determinados alimentos, dificuldade de concentração, fadiga, mal-estar e algumas dores pelo corpo”, pontua a médica.

Como tratar a enxaqueca?

No caso da enxaqueca, o principal tratamento é a prevenção. Hábitos saudáveis são importantes para a saúde de uma forma geral e também ajudam nessa situação. “Atividades físicas, alimentação de qualidade e sono reparador já são armas importantes, mas o uso de medicamentos também pode ser necessário”, explica a Dra. Mirella. É claro que todo medicamento deve ser indicado por um médico. Por isso, é importante procurar um especialista, que analisará cada caso e prescreverá o tratamento adequado.

Enxaqueca e qualidade de vida

Dependendo da crise de enxaqueca e da frequência em que ela ocorre, a qualidade de vida do paciente é bastante afetada, já que a dor é intensa e, na grande maioria dos casos, impossibilita a pessoa de realizar suas atividades. “É por isso que a prevenção é tão importante e, dentro desse acompanhamento, identificar os possíveis gatilhos para o início da crise”, finaliza a médica.

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