Considerando o atual cenário mundial em que as pessoas fazem diversas tarefas e recebem dezenas de informações ao mesmo tempo, não é de se espantar que problemas de memória estejam cada vez mais comuns. O mais recorrente entre pessoas que não sofrem com esquecimentos graves como o que é causado pelo Alzheimer, por exemplo, são as perdas de memória recente, como não lembrar onde deixamos as chaves de casa ou o documento do carro.

Algumas práticas diárias, porém, são capazes de reduzir esses quadros de esquecimento. Assim como a saúde do corpo é feita a partir da repetição de exercícios físicos, a memória apresenta melhoras quando realizamos atividades mentais constantes. Nos casos de depressão e estresse o indicado é manter contato frequente com entes queridos. Parece pouco, mas essa é uma forma de se distrair e prevenir a ansiedade e os sentimentos de solidão.

É claro que a prática de atividade física, boa qualidade do sono e alimentação saudável cooperam para o bom funcionamento da memória, bem como para o resto do corpo, mas são as práticas de organização e realização de tarefas que podem auxiliar na redução do esquecimento. Hoje em dia as pessoas não prestam atenção às refeições por estarem navegando nas redes sociais, e esquecem o que foram fazer em um cômodo da casa porque se distraíram no meio do caminho.

Experimente organizar sua rotina e suas tarefas, limitando-as para que sejam realizadas uma de cada vez. Separe um tempo específico para determinada atividade e não se permita fazer outra coisa até terminar. É de extrema importância que sua atenção esteja somente naquela tarefa para garantir o exercício da memória. É comum tentarmos fazer diferentes coisas ao mesmo tempo para sermos superprodutivos, mas aí existe o perigo de não obter um resultado satisfatório e ainda provocar danos à saúde de diversas formas.

Nos casos de pessoas com problemas de memória atrelados à idade avançada, é importante reparar em outros sintomas. As doenças que atingem a memória, como o Alzheimer, sempre apresentam o esquecimento acompanhado de outros sintomas. O ideal é realizar exames e consultas com frequência, e consultar um neurologista caso haja alterações comportamentais.

Fonte: Folha de S. Paulo