Genética pode estar associada ao Alzheimer: estima-se que 60% a 80% dos casos sejam de origem hereditária
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa para a qual ainda não existe cura. Por causa disso, cientistas do mundo inteiro voltam seus esforços para compreender e determinar fatores de risco que ajudem na prevenção e tratamento da doença.
A revista Nature Genetics publicou um estudo, baseado em uma análise de composição genética, e mostrou que existem 24 genes que conseguem aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. Uma pesquisa, divulgada pela mesma revista no começo deste ano, já havia apontado para a existência de 29 partes do genoma humano relacionados ao Alzheimer. Ambas confirmam os genes como principal fator de risco para o problema.
Durante o estudo, os pesquisadores perceberam que esses genes estão ligados ao controle de funções corporais que afetam o desenvolvimento da doença. Isso pode ajudar a compreender os processos corporais que causam ou interagem com outras fontes capazes de provocar demência. Os achados ainda reforçaram o papel do sistema amiloide e do sistema imunológico no surgimento do Alzheimer.
Essa descoberta de novas variantes genéticas foi feita por meio de uma análise genética de 94.437 participantes americanos e europeus já diagnosticados com a doença. No atual estudo, além de confirmar os fatores genéticos revelados previamente, os pesquisadores descobriram mais quatro genes relacionados ao desenvolvimento de doenças neurodegenerativas: IQCK, ACE, ADAMTS1 e WWOX.
Fonte: Veja