Pesquisa da UFRN com proteína da memoria abre possibilidade para reverter déficit cognitivo causado pelo Alzheimer
Um estudo feito pelo Laboratório de Pesquisas em Memória, do Instituto do Cérebro (ICe) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), criou uma possibilidade para o tratamento efetivo do Alzheimer.
A pesquisa foi feita com ratos e inibiu a proteína PKMzeta, que atua no fortalecimento das conexões entre células cerebrais. Ao bloquear a atuação dessa proteína, foi possível impedir que os roedores incorporassem informações sobre um novo objeto que foi apresentado junto a um objeto já conhecido. Em paralelo, eles também perderam a memória desse objeto familiar.
Segundo os cientistas, do mesmo modo que é possível fazer com que um rato esqueça seletivamente um objeto, é factível fazer com que ele lembre melhor, seletivamente e durante mais tempo desse mesmo objeto. É sob essa visão que pode ser viáveis estudos futuros de demências como o Alzheimer.
Os mecanismos fisiológicos relacionados na formação e atualização de memórias têm sido altamente estudados. Porém, é a primeira vez que o envolvimento com a proteína PKMzeta é descrita em um laboratório na atualização da Memória de Reconhecimento de Objetos e mostra que seu bloqueio auxilia a apagar um traço especifico de memória.
Estes achados ajudam no entendimento das razoes que governam a persistência e a modificação de memórias declarativas, abrindo novas possibilidades para o tratamento efetivo de doenças deteriorativas deste tipo de memórias, como é o caso do Alzheimer.