Setembro amarelo – Saúde mental na pandemia
O isolamento e o distanciamento social são parte dos principais protocolos de segurança para frear o aumento do número de casos de COVID-19 e, embora tenha sido uma medida importante, deixou sequelas na saúde mental dos brasileiros.
Além disso, a incerteza sobre a atual situação, que envolvem perdas de familiares e amigos, impactos socioeconômicos e a falta de perspectiva, tem contribuído para o aumento da ansiedade crônica e depressão e, consequentemente, para os casos de parassuicídio (tentativa) e suicídio.
De acordo com um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, houve mais de 12 mil registros de suicídio só no ano de 2020. Esse alto número pode ter relação com a solidão do isolamento social.
Pandemia e solidão
As pessoas têm passado mais tempo em casa e estão ficando cada vez mais solitárias, o que tende a intensificar ou desenvolver nos pacientes sintomas que podem levar a depressão.
Quando estes sintomas não são tratados de maneira adequada, com ajuda profissional, eles podem ganhar força, causando o desfecho letal.
Neste ano, a Campanha Setembro Amarelo ganhou mais visibilidade em decorrência da pandemia, a fim de diminuir o número de casos.
Saúde mental, neuropsicologia e neurologia
Embora a Neuropsicologia seja uma ciência aplicada que visa estudar a repercussão de disfunções cerebrais sobre o comportamento e a cognição, ela vem ganhando espaço no estudo das desordens psiquiátricas.
Alguns estudos baseados em evidências na área de neurociência demonstram que há um envolvimento do córtex pré-frontal no processo de aparecimento dos sintomas comportamentais presentes em parte dos transtornos psiquiátricos.
Já do ponto de vista neurológico, a maior parte dos suicídios estão relacionados a algum distúrbio mental. É possível identificar uma relação entre a alta taxa de suicídio em pessoas com doenças neurodegenerativas.
Isso se dá pelo fato de que em alguns casos, quando o paciente recebe o diagnóstico de alguma doença crônica ou neurodegenerativa, independente da possível cura ou não, gera um desespero que pode desencadear na depressão, por isso, é necessário acompanhamento médico e psicológico.
No próximo post, vamos falar sobre como os psicólogos, neuropsicólogos e neurologistas podem ajudar no combate a este mal do século. Continue acompanhando nosso blog e redes sociais para receber o conteúdo em primeira mão.