A Harvard Health Publications, revista da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, aponta que 33% das pessoas que sofreram miniderrames, também conhecidos como Acidentes Isquêmicos Transitórios (AIT), correm risco de sofrer um derrame cerebral em até um ano.

É importante saber que os miniderrames são mais fracos e possuem menor duração se comparados a um derrame. Pacientes com esse problema sofreram isquemias sem dano duradouro no cérebro, mas as causas de um derrame cerebral são as mesmas, e o problema pode surgir em pouco tempo após o aparecimento dos sintomas.

Em artigo divulgado em 2009, o médico da Associação Cardíaca Americana, Antonio Culebras, afirma que o paciente deve ser hospitalizado e receber acompanhamento neurovascular com urgência nesses casos.

Dentre os sintomas, estão a debilidade repentina nos músculos do rosto, fazendo com que o paciente sinta um dos lados do rosto adormecido, além de dificuldade para caminhar e confusão. Outro sintoma pode ser a fraqueza em um dos lados do corpo, neste caso é necessário checar se o paciente é capaz de levantar os dois braços sem que um deles caia.

Dificuldades da fala também englobam os sintomas do miniderrame, e é importante que o paciente consulte um médico imediatamente, mesmo que os sintomas tenham um curto período de duração, desaparecendo em seguida. A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece que a maioria dos pacientes que sofreram um AIT pode ter um derrame cerebral no futuro.

A associação britânica Stroke Association afirma que miniderrames são causados pela falta temporária de fluxo de sangue no cérebro, e podem ser diagnosticados como derrame cerebral mesmo tendo sintomas menos duradouros. O presidente executivo da associação, Jon Barrick, afirma também que o risco de sofrer um derrame cerebral mais grave aumenta nos primeiros dias depois de se sofrer um AIT.

Fonte: BBC Brasil