Problemas como visão turva, sensação de blecaute e até alteração na visão das cores podem sinalizar doenças mais perigosas do que a simples necessidade do uso de óculos de grau ou lentes de contato. Segundo a neuroftalmologista Marisa Kattah, do Instituto de Olhos do Recife (IOR), algumas doenças neurológicas podem ser responsáveis por gerar problemas relacionados à visão.

 

Segundo a médica, doenças como aneurismas, tumores benignos, doenças autoimunes (como esclerose múltipla) e adenomas de hipófise podem afetar o nervo óptico e outras áreas do sistema visual, assim como infecções virais, bacterianas e parasitárias.

 

Já a perda súbita de visão pode ter origem a partir de doenças como acidentes vasculares cerebrais e trombose, que podem ser responsáveis por queda das pálpebras e visão dupla, por exemplo. No caso de doenças do sistema nervoso periférico ou autônomo, como Parkinson e Alzheimer, pode haver alterações nos campos visuais e na pupila, gerando fotofobia e dificuldade para enxergar de perto.

 

No caso de crianças e bebês, o estrabismo, queda de pálpebra e dificuldade para fixar o olhar podem sinalizar possíveis problemas neurológicos. É importante que os pais estejam atentos também a possíveis alterações no tamanho da pupila ou na cor da íris. Caso a criança tenha convulsões e não reaja à luz ou ao movimento de objetivos, os pais devem encaminhá-la a um neuroftalmologista com urgência.

 

Médicos dessa especialidade tratam de problemas no nervo óptico e nas vias ópticas, regiões cerebrais responsáveis pela visão. É importante que, ao reconhecer os sintomas, o paciente procure por um médico especializado para diagnosticar a patologia o quanto antes e definir qual a melhor forma de lidar com ela.

 

Fonte: Casa Saudável