Recentemente a revista científica Radiology publicou uma pesquisa na qual indica-se que possíveis sinais do Parkinson podem ser identificados em alterações na visão dos pacientes. Especialistas acreditam que essa pode ser uma descoberta capaz de auxiliar na detecção precoce da doença e, consequentemente, num tratamento de rápido início, evitando assim que a doença evolua e cause grandes efeitos negativos na vida do indivíduo.

De acordo com o estudo, mesmo sendo uma doença neurodegenerativa ligado a problemas motores, o Parkinson pode ter reflexões não-motoras. Ao apresentar sintomas como a dificuldade em identificar cores, mudança na capacidade de observar formas e contornos e diminuição da prática de piscar, é possível que o paciente esteja sujeito a desenvolver a doença.

A pesquisa foi realizada com a análise de 20 pacientes com diagnóstico recente e outros 20 saudáveis. Os especialistas utilizaram a ressonância magnética para identificar alterações de substância branca e cinzenta no cérebro, além dos exames de visão aos quais os pacientes foram submetidos. Nos indivíduos diagnosticados foram observadas alterações na radiação óptica, redução na substância branca do cérebro e do quiasma óptico.

A publicação afirma ainda que o estudo aprofundado dos sintomas visuais pode fornecer indícios sensíveis do Parkinson e que as métricas de processamento visual podem ser úteis na diferenciação de transtornos da doença, ao observar os avanços da enfermidade e oferecendo auxílio no monitoramento da resposta do paciente ao tratamento medicamentoso.

Fonte: O Globo