Molécula de células-tronco pode favorecer pacientes com Parkinson e ELA
Pesquisadores portugueses denominaram “fator neurotrófico derivado do cérebro” uma molécula segregada por células-tronco que, segundo estudo publicado pela revista Scientific Reports, é capaz de aumentar o canal de comunicação entre neurônios, o que pode favorecer a cura de patologias como Parkinson e Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).
A pesquisa foi iniciada ao notar problemas na eficácia do transplante de células-tronco no tratamento de doenças do sistema nervoso central. Dessa forma, os pesquisadores decidiram analisar as moléculas libertadas através do secretoma das células-tronco do cordão umbilical humano, afim de compreender seu comportamento no crescimento dos axônios.
A equipe de pesquisadores aplicou nos neurônios a molécula do secretoma das células-tronco. Os resultados dos testes realizados em roedores indicaram que o crescimento dos axônios estimulados com o secretoma foi maior do que o dos neurônios que não passaram por esse estímulo.
Um dos cientistas responsáveis pelo estudo afirma que essa é uma alternativa para o transplante, pois as moléculas das células-tronco responsáveis pela regeneração podem ser aplicadas sem que a presença das próprias células-tronco seja necessária.
Além disso, identificou-se a oportunidade de aplicar a técnica em pacientes com Parkinson e ELA, já que o sistema nervoso central tem uma menor capacidade de regeneração do que o sistema nervoso periférico. A pesquisa em questão foi financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia de Portugal.
Fonte: Exame