Durante um ano, 60 voluntários diagnosticados com o Mal de Parkinson foram analisados por pesquisadores da Universidade College London. Além de manter o uso dos medicamentos comuns, os pacientes receberam também uma injeção semanal de exenatida e apresentaram melhora nas funções motoras.

Para o líder da pesquisa Tom Foltynie, professor de Neurologia da College London, a exenatida pode ajudar no controle motor dos pacientes e até frear a progressão do distúrbio. O ponto negativo é que, por mais que o paciente faça uso contínuo da sustância e ela ajude durante anos, a doença pode continuar em seu ciclo.

De conhecimento geral, a exenatida ativa os receptores para o hormônio GLP-1 no pâncreas para estimular a liberação de insulina. Porém a pesquisa entendeu que esses receptores também estão presentes no cérebro e que a ativação pode melhorar as conexões da dopamina, agir como anti-inflamatório e melhorar a produção energética.

Mais testes sobre a exenatida serão feitos na busca por dados em relação à segurança e o impacto sobre a doença de Parkinson. Para Brian Fiske, vice-presidente de pesquisas da Fundação Michael J. Fox e que também financiou o estudo, deve-se ter uma atenção maior pelo fato da droga já ser liberada pelas agências reguladoras e, até que se tenham todos os resultados, médicos e pacientes não devem inserir a sustância em seus tratamentos contínuos.

Fonte: O Globo