Com o aumento da população idosa em todo o mundo, estima-se que doenças degenerativas também registrem aumento no número de casos, o que não vem acontecendo. Ao contrário do que se pensa as baixas estatísticas não indicam a extinção dessas doenças, mas chamam a atenção para pacientes que estão recebendo tratamentos antiquados ou simplesmente não estão sendo tratados.

Enquanto o Fórum Econômico Mundial faz um apelo para que a demência deixe de ser negligenciada, a Aliança Global de Ação para Alzheimer e Demência afirma que a demência representa uma das maiores crises globais de saúde do século XXI. Entenda os motivos:

Custo
Especialistas estimam a perda de US$ 1 trilhão da economia mundial caso o cenário da doença não seja revertido. Até o ano de 2030 essa perda econômica pode chegar a US$ 2 trilhões. Atualmente a doença já tem um custo maior que o valor de mercado de grandes empresas como Apple (US$ 742 bilhões) e Google (US$ 368 bilhões).

Aumento da taxa de incidência
A demência já afeta quase 50 milhões de pessoas em todo o mundo e estima-se que a cada três segundos um novo caso seja diagnosticado. Em países de renda média e baixa a taxa de incidência aumenta e muitos desses não estão prontos para financiar o tratamento de longo prazo.

Diagnóstico incorreto
Apenas um em cada 10 pacientes com demência são diagnosticados corretamente nesses países de média ou baixa renda e, mesmo nos países ricos, menos de 50% dos pacientes recebem o diagnóstico correto. Esse problema começaria a ser resolvido se a sociedade entendesse a demência como uma condição clínica, e não como uma consequência do envelhecimento.

Falta de entendimento
Os próprios pacientes com demência e seus familiares, além de sofrerem com a discriminação por conta da doença, pouco entendem sobre a doença. Esses pacientes podem ter dificuldades para encontrar um trabalho, por exemplo, além de outros problemas sociais causados pela discriminação, enquanto muitos países nem mesmo possuem uma palavra para descrever a doença.

Leva mulheres a óbito
A demência está entre as 10 principais causas de mortes de mulheres em todo o mundo e, em países como o Reino Unido, alcança a primeira posição da lista. Estudos já comprovaram que pacientes do sexo feminino não apenas têm maior chance de desenvolver a doença, como também representam a maior taxa de cuidadores e sofrem mais com a discriminação.

Fonte: Época