A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) afirmou que houve crescimento na quantidade de mulheres vítimas fatais por Acidente Vascular Cerebral (AVC) entre os anos de 2010 e 2015. Mais conhecidos como derrames, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que esses AVCs são os principais responsáveis por incapacidade em todo o mundo, sendo causados, em sua maioria, por má alimentação, sedentarismo, estresse, tabagismo, alcoolismo, hipertensão, diabetes, colesterol alto e obesidade.

No ano de 2015 houve apenas um caso de diferença entre o número de mortes por AVC entre homens e mulheres. Foram 50.251 vítimas fatais do sexo masculino e 50.252 do sexo feminino. O problema, porém, está no aumento do número de casos em mulheres, enquanto a taxa de homens morrendo por esse mal tem diminuído. A SBC afirma que essa redução de mortes em pacientes homens é consequência de campanhas de educação e conscientização sobre os fatores de risco, sintomas e tratamentos.

Já o aumento no número de mortes em mulheres pode ser explicado pela famigerada “dupla jornada”. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), afirma que, por semana, a mulher trabalha quase oito horas a mais que o homem , pois além de cuidar da casa, esse público tem iniciado atividades externas de trabalho (considerando o trabalho doméstico e o do escritório).

Outras condições também podem ser consideradas responsáveis pelo derrame em mulheres, como o uso de pílula anticoncepcional entre as predispostas ao tromboelismo, por exemplo. Num cenário em que a saúde da mulher se apresenta cada vez mais preocupante, especialistas sugerem que essas pacientes procurem acompanhamento médico para prevenção e diagnósticos precoces, bem como tratamentos adequados para cada caso.

Fonte: Portal Saúde