O sistema nervoso humano é dividido em duas partes: o central, localizado na coluna vertebral e crânio; e o periférico, que forma os nervos responsáveis pela sensibilidade e motricidade de pernas, braços, abdômen e tronco. Esses membros podem ter suas sensações alteradas quando o indivíduo sofre de alguma neuropatia periférica.

Essas doenças apresentam sintomas diversos, dentre eles a perda da sensibilidade e a fraqueza dos membros, que podem demorar anos para surgir, como no caso da hanseníase, ou aparecer da noite para o dia, característica de doenças como a síndrome de Guillain-Barré. Outros sintomas chamados “positivos” incluem dores, formigamentos e queimação.

As neuropatias periféricas podem ser hereditárias, infecciosas, metabólicas, imunomediadas e até tóxicas, e os sintomas envolvem questões sensitivas, motoras e autonômicas. Alguns exemplos mais comuns são tontura, dificuldade para caminhar, escrever, mastigar e se adaptar ao claro e ao escuro. Doenças que se desenvolvem lentamente podem levar os pacientes a se adaptarem aos sintomas, por isso a importância de um diagnóstico rápido e preciso.

A hanseníase é uma das causas de neuropatias periféricas mais frequentes no Brasil. A principal teoria de contágio é pelo ar, quando a pessoa infectada libera gotículas com bacilo de Hansen ao falar. Dentre os desafios para erradicação da doença está a identificação da fonte de origem e o rompimento da disseminação, já que alguns pacientes não sabem que estão infectados.

Fonte: Jornal da USP