Pesquisadores do Centro para Adicção e Saúde Mental do Canadá produziram um estudo para analisar possíveis alterações cerebrais em casos de depressão persistente ou crônica ao longo dos anos. De acordo com os resultados alcançados, as pessoas que convivem com a depressão sem tratamento há mais de uma década apresentam inflamações cerebrais muito maiores do que aquelas que aderem ao tratamento logo no início da doença.

Essa maior inflamação no cérebro ocorre em doenças neurodegenerativas conforme elas progridem. Parkinson e Alzheimer são alguns exemplos dessas condições. No caso da depressão persistente, mesmo não sendo considerada uma doença degenerativa, é correto dizer que ela provoca mudanças nos padrões de inflamação cerebral, sugerindo que a enfermidade tem um caráter progressivo e não estático, como se imagina.

Atualmente os tratamentos para depressão são os mesmos, independentemente do tempo e dos sintomas de cada paciente. Para os casos persistentes, os responsáveis pelo estudo estão utilizando medicações anti-inflamatórias inicialmente indicadas para outras doenças. O material afirma ainda que é necessário desenvolver tratamentos específicos para pacientes com depressão grave e crônica em estágios mais avançados.

Fonte: O Globo