Produzido em laboratório, um novo composto pode reduzir toxinas ligadas ao Alzheimer
Desenvolvido por cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, um composto experimental reduziu a produção de toxina ligada ao Alzheimer nas células cerebrais produzidas em laboratório. Publicado pela revista Cell Reports, o experimento conta com a produção de células cerebrais humanas por meio de células-tronco, com o objetivo de estudar as propriedades do novo composto in vitro. Os responsáveis afirmam que essa pode ser uma possível nova abordagem para o desenvolvimento de terapias e até prevenção contra a doença.
O Alzheimer gera danos e destruição das células cerebrais, isso significa que os pacientes com esse tipo de demência apresentam em seu tecido cerebral um aglomerado composto por dois tipos de proteínas: a beta-amilóide, que se acumula do lado de fora das células, e a proteína Tau, que se encontra na parte de dentro. Estudos anteriores apontam que o acúmulo das proteínas ocorre por uma falha no sistema de transporte para dentro das células, que se chama endossomos.
A autora do estudo, Jessica Young, afirma que o composto produzido em laboratório gerou estímulos para a rede de distribuição das proteínas nas células, o que reduziu a produção de beta-amilóide e de um precursor da proteína Tau. Os especialistas envolvidos acreditam que esse pode ser um novo indicador para o desenvolvimento de novas drogas e terapias para tratamento e prevenção contra o Alzheimer, dessa vez com foco nos defeitos da rede endossômica.
Fonte: Estadão