Um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Pittsburgh e UPMC descobriu que o gene LRRK2 pode ajudar a desenvolver um novo tratamento para o mal de Parkinson. Segundo os responsáveis pelo material, a princípio imaginava-se que o gene causaria a doença apenas quando sofria mutação, mas os pesquisadores descobriram que ele pode ser igualmente significativo na forma não hereditária da doença.

Publicado pela revista Science Translational Medicine, o estudo reconheceu tanto a LRRK2 quanto a alfa-sinucleína como importantes agentes causadores do Parkinson. A análise da LRRK2 é um desafio, já que está presente em pouquíssimas quantidades nas células nervosas que são afetadas pela doença, mas em 2004 os pesquisadores descobriram que as mutações no gene, também conhecido com Lark2, foram responsáveis por superativar a proteína e causar o Parkinson em um pequeno grupo de pessoas, em alguns casos de forma hereditária.

Analisando cobaias com Parkinson induzido, os cientistas descobriram que a ativação de LRRK2 bloqueia os mecanismos que as células usam para eliminar o excesso de alfa-sinucleína, levando ao seu acúmulo. Os pesquisadores então trataram os animais com uma droga ainda em desenvolvimento que visa tratar pacientes com Parkinson hereditário. Essa bloqueou a atividade de LRRK2 e, consequentemente, impediu o acúmulo de alfa-sinucleína e a formação de corpos de Lewy.

O Parkinson já acomete cerca de 10 milhões em todo o mundo e não tem causa conhecida, mas acredita-se que a origem da doença envolva fatores tanto genéticos quanto ambientais. A doença é caracterizada como neurológica, degenerativa, crônica e progressiva, afetando o sistema nervoso e causando tremores, rigidez e até demência, em alguns casos.

Fonte: Portal G1