O Alzheimer é uma doença que causa perda progressiva das células cerebrais e acúmulo de placas, os peptídeos, que são mais conhecidos como beta-amiloides e se acumulam em torno dos neurônios causando uma espécie de intoxicação dos mesmos. Esse tipo de demência acomete anualmente cerca de 2 milhões de brasileiros, geralmente aqueles com idade acima de 60 anos.

Ainda que sejam muitos os estudos e pesquisas científicas com análises acerca da doença, os remédios atualmente disponíveis e utilizados em pacientes diagnosticados servem apenas para tratar os sintomas cognitivos e neuropsiquiátricos, ou seja, não existe um tratamento ou qualquer medicamento disponível para barrar a progressão do Alzheimer.

Um estudo apresentado na Alzheimer’s Association International Conference (AAIC), entretanto, randomizou 856 pacientes com Alzheimer precoce para um tratamento com doses diferentes de anticorpos monoclonais que se ligam aos beta-amiloides e reduzem a deposição dos mesmos.

Os resultados analisados concluíram que com doses progressivas de anticorpo monoclonal é possível, não apenas reduzir a deposição de beta-amiloide no cérebro, mas também impedir o declínio cognitivo dos pacientes com doença de Alzheimer. Além disso, não foram observados quaisquer efeitos colaterais nos pacientes avaliados.

Fonte: Jornal da USP