Neuropatia Periférica: riscos, sintomas e tratamentos
Especialistas têm procurado chamar a atenção das pessoas para a neuropatia periférica, uma doença neurológica que vem atingindo entre 2% e 7% da população mundial. A doença atinge, principalmente, idosos e pacientes com problemas de diabetes, alcoolismo e falta do complexo B no organismo, mas pode também surgir sem uma “causa conhecida ou identificada”.
A neuropatia periférica afeta o sistema nervoso periférico e os nervos das extremidades de braços e pernas e necessita de diagnóstico precoce, pois quando agravada pode gerar diminuição da capacidade de sentir estímulos dolorosos, perda de sensibilidade, dormência ou formigamento, fraqueza muscular, câimbras e coceiras. Existem casos em que a doença também provoca dificuldade em caminhar e de subir escadas, além do aumento dos batimentos cardíacos, tonturas e disfunção da bexiga.
Ronaldo Herrera, membro da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), afirma que quando a neuropatia periférica danifica 50% do tecido nervoso pode levar a danos irreversíveis, acarretando à perda funcional total, caso a doença atinja seu estágio máximo.
O cantor, compositor e guitarrista inglês, Eric Clapton, sofre de neuropatia periférica e, no ano passado, contou em entrevista para a publicação “Classic Rock”, que tem dificuldades em tocar guitarra. Segundo o artista, as dores começam na região da coluna e faz com que ele tenha sensações de choques por toda a extensão das pernas.
O neurocirurgião do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, Antonio Araújo, afirma ainda que algumas neuropatias de origem compressiva necessitam de tratamento cirúrgico para a descompressão do nervo afetado. Nesse procedimento cirúrgico é realizada a raspagem desse nervo, chamada de “neurólise’, para que seja recuperada a sua funcionalidade.
Araújo ressalta ainda que o diagnóstico precoce é fundamental para que seja indicada a descompressão do nervo ou o tratamento medicamentoso específico para cada paciente. Esses são os métodos de tratamento que apresentam resultados funcionais e diminuem as chances de sequelas ou incapacidade por dor crônica neuropática.