Realidade virtual e outras tecnologias questionam quadros considerados irreversíveis
Com a ajuda da realidade virtual e da interface cérebro-máquina, pesquisadores do Instituto Internacional de Neurociência, no Rio Grande do Norte, estão fazendo com que paraplégicos recuperem seus movimentos, novidade esta que pode revolucionar os tratamentos de reabilitação. Pacientes com lesões antes consideradas irreversíveis, hoje encontram esperança nas novas tecnologias para recuperarem sua qualidade de vida.
A Lesão Medular é uma dessas condições consideradas irreversíveis para a medicina e que começa a ser questionada em novos estudos e pesquisas cada vez mais baseados em tecnologias novas. Utilizando óculos de realidade virtual, pesquisadores conseguem registrar comandos enviados pelo cérebro quando o avatar caminha, ou seja, mesmo com a Lesão Medular torna-se possível simular o movimento para a captura da atividade neuronal.
Além dos possíveis benefícios já apresentados, o dispositivo também conseguiu superar o controle do exoesqueleto apenas com o pensamento. Por meio de um processo ainda desconhecido, os pesquisadores identificaram que uma conexão dos nervos da medula espinhal foi parcialmente restabelecida.
Um deles explica que utilizar o sinal do cérebro para controlar o exoesqueleto provocou alterações no sistema nervoso e, a partir disso, músculos dos pacientes com lesões crônicas voltaram a funcionar. Além dessa recuperação de movimentos, as pesquisas realizadas no Instituto ainda podem auxiliar na diminuição dos tremores provocados pelo mal de Parkinson e oferecer uma memória externa aos pacientes com Alzheimer.
Fonte: O Globo