Poucas pessoas sabem, mas o derrame, como é popularmente conhecido, também pode acometer crianças. De acordo com a neurologista Maria Valeriana Leme de Moura Ribeiro, professora de neurologia infantil da UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas), a incidência de AVC nos adultos é de 250 casos para cada 100 mil habitantes. Nas crianças, o número é de 15 casos para 100 mil habitantes.

Os casos podem ser pouco frequentes na infância, mas, de acordo com Ribeiro, são graves. Diferente dos adultos, que em geral são acometidos pelo AVC por volta dos 60 anos, a criança costuma sofrer o acidente vascular cerebral em torno dos 10 meses de idade e, quando sobrevive, pode ficar com sequelas para o resto da vida. A dificuldade é que criança recém-nascida não fala, então a mãe só costuma notar alguma alteração depois de dois, três dias do ocorrido.

Ainda segundo a doutora, se a criança, por exemplo, já está engatinhando seu movimento passa a apresentar falhas, por ter dificuldade de mexer um dos braços. Os pequenos que estão começando a falar perdem a capacidade de silabação e emitem grunhidos. Os pais ou responsáveis precisam cuidar e levar o bebê imediatamente ao médico.

Fonte: Portal Drauzio Varella