Um estudo desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apresentou que um ano na escola já é capaz de aumentar a reserva cognitiva, tornando o idoso mais resistente aos sintomas da demência. Não que essa pessoa não venha a ter, mas será mais difícil. 31 idosos participaram da pesquisa, sendo 21 alfabetizados, com média de 4 anos de escolaridade, e 10 analfabetos. A faixa etária média era 80 anos e foram aplicados testes de memória e cognitivos enquanto a atividade cerebral era acompanhada por ressonância magnética.

Segundo a neurologista Elisa Resende, uma das autoras da pesquisa, a mesma equipe também estudou 132 idosos que tiveram o hipocampo, área do cérebro responsável pela memória, analisados. “Quanto maior a escolaridade, maior a relação entre hipocampo e memória. Quanto maior o hipocampo, melhor a memória. Em pessoas com escolaridade mais baixa, essa relação não era tão evidente. O hipocampo faz mais conexões permitindo que o cérebro seja mais eficiente”, disse a médica.

Ainda de acordo com a Elisa, outras pesquisas afirmam que os sintomas de Alzheimer ocorrem oito anos mais tarde em pessoas com escolaridade em relação às analfabetas. E lembrando que exercitar o cérebro é importantíssimo. Fazer palavras-cruzadas, por exemplo, é uma ótima atividade para a cabeça.

Fonte: R7