Um grupo internacional de cientistas publicou um documento que poderia ajudar a explicar porque algumas terapias experimentais fracassaram nos últimos anos. Os pesquisadores descreveram um novo tipo de demência batizado LATE (acrônimo do difícil nome científico “encefalopatia TDP-43 límbico-predominante relacionada com a idade”), que aparentemente é tão comum quanto o Alzheimer, fazendo com que a doença fosse confundida com ela até hoje.

A comunidade científica verificou duas proteínas vinculadas com o Alzheimer: a beta-amilóide, que se concentra entre os neurônios, e a tau, que também adquire níveis prejudiciais e forma novelos no cérebro. No novo tipo de demência, LATE, os pesquisadores indicaram a outra proteína, a TDP-43, já relacionada em outras doenças do sistema nervoso.

Os cientistas ainda sustentaram que os sinais do LATE estão presentes em mais de 20% dos cérebros analisados de pessoas com mais de 80 anos, ou seja, muitos estudos clínicos contra o Alzheimer fracassaram pois incluíram pacientes que deveriam ser excluídos. Afinal, o tratamento da doença LATE provavelmente responde a diferentes tratamentos que o Alzheimer.

No caso da LATE, a proteína TDP-43 geralmente se concentra na amígdala e no hipocampo do cérebro, relacionadas às emoções e memória autobiográfica. Com aumento do número de pessoas com mais de 80 anos em todo mundo, é fundamental a pesquisa e investigação sobre a LATE e como ela vai impactar na saúde pública.

 

Fonte: El País

 

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