O uso de máscara não causa falta de oxigênio e doenças neurodegenerativas
Com o avanço da pandemia de COVID-19 muitas informações falsas tem circulado entre as pessoas e devemos tomar cuidado com o tipo de informação que consumimos. Verificar a procedência e a veracidade dos fatos, antes de repassa-los a outras pessoas, é essencial para o combate mais eficaz da doença.
Nos últimos dias, muito tem se discutido sobre a importância do uso de máscara para evitar o contágio de Covid, mesmo após a vacinação. Em alguns meios, tem circulado informações que o uso de máscara pode privar o cérebro de oxigênio e causar destruição de neurônios, o que é uma informação falsa.
Pensando nisso, a Clínica Araújo e Fazzito trouxe algumas informações sobre a relação da máscara com problemas respiratórios e doenças neurodegenerativas.
A importância do uso de máscaras
As máscaras são utilizadas para prevenir contato com gotículas respiratórias e aerossóis que podem conter o vírus e não causam qualquer redução de oxigênio ou doenças neurodegenerativas.
Isso é comprovado por meio de pesquisas, como, por exemplo, o estudo publicado pela revista Annals of the American Thoracic Society que avaliou a existência de anormalidades ligadas à troca de gases em pessoas saudáveis e também em pessoas com disfunção pulmonar, com o uso de máscaras cirúrgicas.
Os cientistas concluíram que o uso de máscara não afetou de forma relevante as trocas gasosas, mesmo nos pacientes que apresentavam disfunção pulmonar grave. Isso porque, os materiais utilizados na confecção das máscaras permitem que o ar atravesse pelo tecido.
Diferenças entre a Gripe e a COVID-19
Apesar dos principais sintomas da COVID-19 serem similares aos de uma gripe, como febre, tosse e dificuldade de respirar, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença é 10 vezes mais letal do que o H1N1, por exemplo. As consequências desta doença são graves e variam entre sequelas respiratórias, neurológicas e até mesmo o óbito.
Diferente das gripes comuns, a infecção provocada pelo SARS-CoV-2 atinge também outros sistemas e pode afetar o sistema circulatório, causando o que se chama de endotelite – inflamação do endotélio (camada celular presente nos vasos sanguíneos).
De acordo com pesquisadores, o coronavírus atinge diretamente o sistema de defesa do corpo por meio de receptores encontrados no tecido endotelial, manifestando-se nos pulmões, órgãos hipervascularizados, podendo afetar outros órgãos, como: intestino, rins ou coração.
Outra diferença são as sequelas deixadas em pessoas que tiveram Covid-19, que podem manifestar sintomas até seis meses depois do diagnóstico e, em alguns casos, esses sintomas podem durar até mais tempo.
O uso de máscaras ainda é considerado eficaz na prevenção e combate ao COVID-19, assim como a adoção dos demais protocolos de segurança, entre eles o uso de álcool em gel e distanciamento social. Não deixe de usar!