Para avaliar a segurança do tratamento agudo do Acidente Vascular Cerebral (AVC) com drogas trombolíticas (medicamentos para dissolver coágulos), pesquisadores da Austrália, China, Nova Zelândia e Brasil se uniram em pesquisa multicêntrica.

 

Além de confirmar a eficácia do medicamento no tratamento do AVC, a pesquisa mostra que uma dose mais baixa do medicamento que a dose padrão – sendo ela de 0,6 mg/kg de peso, antes de 0,9 mg/kg de peso – leva à redução de aproximadamente um terço dos casos de complicações hemorrágicas. Após 90 dias de tratamento com dosagem menor da medicação, foi observada a redução de mortes.

 

Doença incapacitante e de emergência médica

 

O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte no Brasil e a principal causa de incapacidade funcional no mundo. Estima-se que, no Brasil, mais de 400 mil pessoas sofram AVC a cada ano. Destes, mais de 100 mil venham a falecer pela doença.

 

Na maioria das vezes, o AVC é causado pelo entupimento de uma artéria que leva sangue ao cérebro e, como o cérebro não consegue ficar muito tempo sem suprimento sanguíneo, o AVC passa a ser uma emergência médica.

 

O tratamento emergencial consiste, essencialmente, na rápida administração intravenosa de medicamentos trombolíticos. O medicamento é capaz de dissolver coágulos e desentupir a artéria do cérebro que se encontra obstruída. Esse tipo de tratamento tem efeito cientificamente comprovado e reduz amplamente as sequelas do AVC, porém traz consigo um significativo risco de sangramento grave no cérebro, razão pela qual o tratamento é utilizado somente em casos específicos.

 

 

Fonte: Universidade de São Paulo/ Ribeirão Preto