Conhecida por se tratar de uma famosa dor na região lombar – localizada na parte inferior da coluna e algumas vezes na região das pernas – a lombalgia apresenta dois tipos: agudas, com duração de três até seis meses, e a crônica, quando o sintoma permanece por mais de seis meses. Apesar de não ser considerada uma doença, segundo dados do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS), a lombalgia atinge aproximadamente 100 mil pessoas e é considerada a enfermidade que mais afasta os brasileiros do trabalho.

 

A Organização Mundial da Saúde (OMG) alerta que a cada 10 pessoas, oito vão sofrer do problema pelo menos uma vez na vida e dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), afirmam que cerca de 5,4 milhões de brasileiros sofrem de problemas na coluna. Na grande maioria dos casos, a lombalgia é considerada aguda, pois aparece de forma relativamente rápida, tendo caráter multifatorial, e é reversível, muitas vezes, apenas com repouso. A frequência dessas ocasiões tende a aumentar com o envelhecimento, bem como a intensidade das crises, se tornando, por consequência, um problema crônico.

 

Causas

Entre as possíveis causas de lombalgia estão: excesso de peso, movimentos bruscos, inflamatórias, nervosas, reumáticas e, quando não é possível definir a causa, a dor é definida como dor lombar inespecífica.

 

A flacidez muscular e a falta de condicionamento físico também podem gerar dores fortes e transitórias. Ocorrências assim, geralmente, estão relacionadas à sobrecarga e esforços que geram contraturas, distensão e inflamação local. Para uma musculatura mal condicionada, o acúmulo de ácido lático gerado pelo excesso de estresse mecânico e a falta de preparo físico podem “travar” as costas após movimento excessivo ou até quando deitado em repouso.

 

Um dos maiores causadores de dor lombar baixa é a degeneração dos elementos da coluna. Entre eles, está o disco intervertebral, que funciona como um amortecedor das cargas que sofrem diariamente as vértebras. Com o passar dos anos, o disco envelhece e desgasta, desidratando e se tornando mais rígido e quebradiço, não conseguindo resistir às tensões exercidas sobre ele. Esse processo é chamado de degeneração discal. No processo degenerativo, o disco pode inflamar e gerar uma dor profunda nas costas, chamada de dor discogênica. Além desta dor nas costas, a degeneração do disco pode levar às hérnias de disco, que são extrusões do núcleo do disco intervertebral em direção aos nervos, gerando sintomas irradiados para os membros inferiores.

 

A progressão da degeneração e a consequente movimentação anormal da coluna podem gerar outras condições da coluna, como a espondilolistese, a degeneração das facetas articulares, osteofitose e escoliose degenerativa. Além disso, a musculatura passará a ser excessivamente exigida, sofrendo um processo crônico de fadiga muscular e, consequentemente, dor nas costas.

 

Fonte: Portal Administradores e Patologia da Coluna