EUA dão início ao maior estudo até o momento sobre cérebro dos adolescentes
Durante a próxima década mais de 10 mil crianças entre nove e dez anos serão alvo do maior estudo científico a longo prazo sobre o cérebro adolescente já realizado nos Estados Unidos, de acordo com a Agência Efe, instituição participante da pesquisa.
Patrocinados pelo Instituto Nacional da Saúde (NIH), que financiou especialistas nos campos da neurociência e no desenvolvimento adolescente, 19 centros de pesquisa distribuídos em todo o país farão um registro do desenvolvimento biológico e comportamental dos participantes.
A pesquisa irá apresentar como a inteiração a partir do uso da tecnologia, por meio de atividades como esportes, vídeos games e redes sociais, pode alterar transformação de uma criança. Com o tempo, a ideia é descobrir como tudo isso influencia no desenvolvimento dos cérebros dos jovens e, em última instância, em aspectos sociais, acadêmicos, de comportamento e de saúde, entre outros.
Os pesquisadores visitarão escolas públicas e privadas de todo o país, selecionadas pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH), na busca das amostras de 10 mil meninos e meninas que estarão representados em diversas origens, grupos étnicos e níveis educativos e econômicos.
A cada dois anos, em sessões de até 7 horas, os adolescentes selecionados deverão comparecer a entrevistas e responder questionários, participar de jogos para estudar seu desenvolvimento cognitivo, entregar amostras biológicas e se submeter a uma sessão de ressonância magnética para obter imagens do cérebro. Ao mesmo tempo, nos anos intermediários, serão feitas sessões mais curtas de não mais de 3 horas, além de acompanhamentos periódicos a cada seis meses por telefone ou internet.
Apesar de as perguntas principais não serem resolvidas até a conclusão do estudo, em dez anos os pesquisadores esperam que as informações coletadas ofereçam dados preliminares de grande utilidade para a comunidade científica e o público em geral.
Como muitos dos outros centros de pesquisa participantes do projeto ABCD, o FIU já iniciou a seleção de adolescentes no sul da Flórida, importante porção da amostra por sua variada população e suas características peculiares.
Fonte: Saúde Terra