Níveis elevados de colesterol estão ligados a risco reduzido de declínio cognitivo, diz estudo
Um estudo liderado por Jeremy Silverman, professor de psiquiatria da Icahn School of Medicine no Mount Sinai, em Nova York, apontou que em indivíduos com idade superior a 85 anos, os níveis elevados de colesterol apresentam menor risco de declínio cognitivo acentuado. O conteúdo comparou pessoas dessa idade, com indivíduos dez anos mais jovens, com níveis de colesterol igualmente elevados.
Segundo os responsáveis pelo estudo, em pessoas cognitivamente intactas com idade entre 85 e 94 anos, e com colesterol alto, foi identificado o risco reduzido em até 32% de declínio cognitivo acentuado durante os dez anos seguintes. Em contrapartida, nos indivíduos com idade entre 75 e 84 anos, foi observado o aumento de 50% desse mesmo risco.
O estudo teve como objetivo determinar se medidas específicas de colesterol têm associações diferentes com o declínio cognitivo acentuado em diferentes faixas etárias. Para isso, foram utilizados dados do Framingham Heart Study, Instituto de Pesquisa Científica de Massachusetts, nos Estados Unidos, que fornece informações detalhadas sobre a dosagem de colesterol e a cognição.
A principal descoberta do estudo é o fenótipo de que pessoas de idade avançada, da qual se esperavam doenças cognitivas e demência, não apenas estão vivas como também estão em bom estado de saúde. É provável que esses indivíduos tenham um tipo de fator protetor, que quando identificado, permitirá melhores medidas acerca de marcadores capazes de proteger o organismo contra o declínio cognitivo.
Fonte: Medscape