Muito tem se falado sobre a relação entre o uso excessivo de redes sociais e o aumento em casos de ansiedade e distúrbios do sono. A Organização Mundial da Saúde (OMS), inclusive, divulgou dados que ligam esse tipo de problema com o uso demasiado de plataformas como Facebook, Instagram, Snapchat e Twitter. O Brasil é o país com maior número de usuários em toda a América Latina, foram 93,2 milhões de pessoas usuários logados nas plataformas só em 2016. O México fica logo atrás, com 56 milhões.

Já foi cogitada pela Associação Americana de Psiquiatria a possibilidade de inserir o “vício” em redes sociais no hall de doenças a serem combatidas. E muito se ouve sobre a “abstinência” das redes, equiparando os usuários com pessoas viciadas em drogas e com sintomas de falta, como taquicardia, ansiedade e insônia. A necessidade de estabelecer limites também no uso da tecnologia surge a partir do reconhecimento de como essas plataformas podem ser nocivas à saúde mental da população.

Se abstrair do mundo real é uma tendência comportamental de pessoas com maior propensão genética a dependências químicas. Os tratamentos mais indicados para esses casos são terapia cognitiva e comportamental com acompanhamento médico, além do uso de medicações capazes de reduzir as crises de compulsão. Também é indicado atentar-se às pessoas com problemas relacionados ao corpo e baixa autoestima, pois pode ser que essas questões se elevem com o uso excessivo das redes sociais.

Fonte: O Globo