Pesquisa brasileira mapeia impactos físicos, psicológicos e sociais da esclerose múltipla
Para a realização do estudo “As Múltiplas Faces da Esclerose Múltipla”, a revista SAÚDE e a área de Inteligência de Mercado do Grupo Abril utilizaram as redes sociais para recrutar pacientes brasileiros diagnosticados com essa condição. A pesquisa entrevistou um total de 1.724 pessoas, que representam cerca de 10% da população portadora de Esclerose Múltipla no Brasil.
Com o objetivo de dar voz aos pacientes para descobrir o que pode ser feito para melhorar sua qualidade de vida, o estudo concluiu, com base em questionários respondidos pela internet, os efeitos físicos, psicológicos e sociais da EM, além de investigar a relação entre médico e paciente, os remédios e a infraestrutura de assistência à saúde.
Dos entrevistados, 59% exerciam atividade remunerada no período do estudo. A pesquisa também analisou o tempo de diagnóstico desses pacientes. 56% levaram menos de um ano e 18% demoraram de um a dois anos até serem diagnosticados. 14% dos entrevistados, cerca de 240 pessoas, demoraram mais de 5 anos para terem o diagnóstico.
O estudo ajuda a identificar e quantificar as percepções, comportamentos e dificuldades individuais dos pacientes, além de evidenciar pontos positivos e avanços, sem deixar de apontar lacunas e desafios que devem ser superados para aperfeiçoar condutas e processos que levam ao melhor convívio dessas pessoas com a Esclerose Múltipla.
A Esclerose Múltipla é considerada a doença que mais atinge jovens adultos em todo o mundo. A diretora da AME (Amigos Múltiplos pela Esclerose), Paula Prado Kfouri, afirma que cada paciente convive com a doença de uma forma particular, e por isso é urgente a busca pelo diagnóstico precoce e por tratamentos individualizados.
Fonte: Portal Saúde