O Congresso Brasileiro e Panamericano de Neurologia ocorreu em São Paulo no mês de outubro, e trouxe à tona um tipo de cefaleia desconhecida pela população, mas cada vez mais frequente nos consultórios médicos: a dor de cabeça provocada por uso excessivo de analgésicos. No evento, especialistas defenderam que o paciente com dores de cabeça constantes que passa a abusar da medicação pode desenvolver ainda mais cefaleia.

A cefaleia é um desconforto bastante comum entre a população e por isso poucas pessoas procuram ajuda médica, o que acaba colaborando para o agravamento do problema. As recomendações da Sociedade Brasileira de Neurologia é que em casos nos quais a dor persiste por mais de três dias no mês ou de mais de três meses com dores frequentes, o paciente procure a ajuda de um profissional de neurologia.

É importante que o paciente esteja consciente do abuso de analgésicos para eliminá-lo, mas também existe o tratamento profilático, que em cerca de quatro semanas diminui a frequência da dor. Sem esse tratamento, principalmente para quem tem dor muito frequente, não há como reverter o problema. Outra sugestão importante é que o paciente invista em atividade física, redução do peso (para obesos), melhora do sono e redução do estresse.

A enxaqueca tem influência genética e o gatilho (fatores desencadeadores como ingestão de chocolates, embutidos e álcool) nem sempre é a causa do problema. Quando tem duração superior a 15 dias em um mês, a cefaleia já pode ser considerada crônica. O problema atinge 15% da população mundial e é responsável por 20% dos dias perdidos no trabalho só nos Estados Unidos.

Fonte: Gazeta Online